Após o Ângelus

"A guerra traz apenas morte e destruição", afirma Papa

Neste domingo, 5, Francisco exortou os governantes de todo o mundo a evitarem “a sombra da inimizade”

Da redação, com Vatican News

Papa Francisco /Foto: Daniel Ibanez – CNA

O Papa Francisco exprimiu sua preocupação com o que está ocorrendo em algumas partes do mundo com a crescente tensão e aumento da escalada da violência. No final da oração mariana do Ângelus deste domingo, 5, o Pontífice recordou que a guerra traz destruição e que é necessário trabalhar para favorecer o diálogo entre as partes.

“Em tantas partes do mundo se sente um terrível ar de tensão. A guerra traz apenas morte e destruição. Convido todas as partes a manterem acesa a chama do diálogo e do autocontrole e a evitarem a sombra da inimizade. Rezemos em silêncio para que o Senhor nos dê esta graça”, rogou o Santo Padre.

A situação entre os EUA e o Irã

Na última sexta-feira, 3, o assassinato do general iraniano Soleimani, em Bagdá, após ataque autorizado pelo presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, aumentou a tensão existente entre os EUA e o Irã .  No sábado, 4, dezenas de milhares de pessoas participaram na capital iraquiana do cortejo fúnebre do militar, gritando slogans contra os EUA. Mísseis e morteiros foram lançados neste sábado na área verde de Bagdá, onde se encontra a embaixada dos EUA, e contra uma base militar mais ao norte, onde estão destacados soldados estadunidenses, sem causar vítimas.

O presidente dos EUA declarou que no caso de um ataque iraniano, os EUA estão prontos para a ação contra 52 locais importantes para a cultura iraniana, 52 como os reféns estadunidenses sequestrados por Teerã em 1979. No twitter, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Zarif, escreveu que “atingir locais culturais seria um crime de guerra”.

Sako: relançar o diálogo

Neste contexto, o Patriarca da Igreja católica caldeia, Louis Raphael Sako, fez um forte apelo: “Os iraquianos ainda estão chocados com o que aconteceu na semana passada. Eles temem que o Iraque se torne um campo de batalha, em vez de ser uma nação soberana capaz de proteger seus cidadãos e suas riquezas. Em circunstâncias tão críticas e tensas, é sábio realizar um encontro em que todas as partes envolvidas se sentem em torno de uma mesa para um diálogo sensato e civilizado que poupará consequências inesperadas para o Iraque. Nós imploramos a Deus Todo-Poderoso, que garanta ao Iraque e à região uma “vida normal, pacífica, estável e segura, à qual aspiramos”.

 

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