Ângelus

Encontro definitivo com o Senhor deve ser a meta e o fim, diz Papa

No Ângelus deste domingo, 18, Francisco comentou sobre o convite de Jesus: viver bem o presente, vigiar e estar sempre pronto para prestar contas

Da redação, com Vatican News

Papa Francisco no Angelus deste domingo (Vatican Media)

O Papa Francisco rezou a oração mariana do Ângelus, deste domingo, 18, II Dia Mundial dos Pobres, com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro. Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice frisou que no Evangelho de hoje, Jesus instruiu seus discípulos sobre os eventos futuros, sem um discurso sobre o fim do mundo, mas com um convite a viver bem o presente, a vigiar e estar sempre pronto para prestar contas. “No Evangelho de hoje, Jesus diz que a história dos povos e a de cada um têm um fim e uma meta a ser alcançada: o encontro definitivo com o Senhor”, revelou

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“Jesus diz: ‘Nesses dias, depois da tribulação, o sol vai ficar escuro, a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu’”, alertou o Papa. Segundo o Santo Padre, as palavras de Jesus provocam os cristãos a pensarem sobre os textos presentes no início do Livro do Gênesis que falam da criação. “O sol, a lua e as estrelas que desde o início dos tempos brilham em sua ordem e iluminam, sinal de vida, aqui são descritos em sua decadência, enquanto mergulham na escuridão e no caos, sinal do fim”, observou.

O Pontífice prosseguiu: “Ao invés, a luz que naquele último dia resplandecerá será única e nova: será a luz do Senhor Jesus que virá na glória com todos os santos. Naquele encontro veremos, finalmente, o seu Rosto na luz plena da Trindade; um rosto radiante de amor, diante do qual todo ser humano aparecerá em total verdade”.

A história da humanidade, assim como a história pessoal de cada ser vivo não pode, segundo Francisco, ser entendida como uma simples sucessão de palavras e fatos que não fazem sentido. “Não pode ser também interpretada à luz de uma visão fatalista, como se tudo já estivesse preestabelecido segundo um destino que subtrai todo espaço de liberdade, impedindo fazer escolhas que sejam o fruto de uma decisão verdadeira”, comentou.

“Não sabemos a hora e nem como acontecerá. O Senhor reiterou que ninguém sabe nada, nem os anjos no céu, nem o Filho. Tudo é mantido no segredo do mistério do Pai. Sabemos, todavia, um princípio fundamental com o qual devemos nos confrontar: ‘passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão’”, sublinhou o Papa, que apontou ser este o verdadeiro ponto crucial.

Segundo Francisco, nos dias finais, cada pessoa humana entenderá se a Palavra do Filho de Deus iluminou a própria existência pessoal, ou se virou as costas para ela, preferindo confiar nas próprias palavras: “Será mais do que nunca o momento de nos abandonarmos definitivamente ao amor do Pai e confiar-nos à sua misericórdia”. O Papa destacou que ninguém escapa desse momento.

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O Santo Padre continuou sua reflexão afirmando que esperteza, que muitos colocam em seus comportamentos para dar crédito à imagem que querem oferecer, não será mais necessária, da mesma forma que o poder do dinheiro e dos meios econômicos que incentivam o ser humano a, com presunção, comprar tudo e todos, não poderá ser mais usado. “Não teremos nada além do que realizamos nessa vida, acreditando em sua Palavra: tudo e nada do que vivemos ou deixamos de realizar. Levaremos conosco somente o que doamos, o que oferecemos”, frisou.

Francisco convidou os fiéis a invocarem a intercessão da Virgem Maria a fim de que a constatação deste tempo provisório na terra e da limitação humana não os afunde na angústia, mas os chame à responsabilidade para consigo, o próximo e o mundo inteiro.

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