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Em audiência, Papa reafirma luta contra o antissemitismo

Francisco recebeu, em audiência, o presidente do Yad Vashen, o Centro Mundial para a Memória do Holocausto em Jerusalém; na pauta, a luta contra o antissemitismo

Da Redação com Vatican News

Francisco e o Presidente do Yad Vashen, o Centro Mundial para a Memória do Holocausto em Jerusalém – Vatican Media/­Handout via Reuters

O presidente do Yad Vashem, o Centro Mundial para a Memória do Holocausto em Jerusalém, Sr. Dani Dayan, foi recebido pelo Papa Francisco no Vaticano na tarde dessa quinta-feira, 9. O encontro, segundo os órgãos oficias de comunicação da Santa Sé, foi mais um passo avante na luta contra o antissemitismo, descrevendo o Pontífice como um “amigo” e um “aliado” na missão de derrotar todas as formas de aversão, hostilidade ou preconceito contra o judaísmo.

Yad Vashem é o Centro Mundial para a Memória do Holocausto com sede em Jerusalém. É universalmente reconhecido como a principal fonte de educação, documentação e pesquisa sobre o Holocausto.

O Papa visitou o Centro em 2014, durante sua visita à Terra Santa. Em seu discurso na ocasião, Francisco implorou ao Senhor: “Dai-nos a graça de nos envergonharmos daquilo que, como homens, fomos capazes de fazer”, e gritou “Nunca mais, Senhor, nunca mais!”.

A abertura dos Arquivos do Vaticano

Destacando que foi o primeiro presidente do Yad Vashem a ser recebido pelo Papa Francisco, Dayan revelou que ambos são nativos de Buenos Aires e estavam felizes em poder conversar em sua língua materna, o espanhol. O presidente do Centro agradeceu ao Papa pela abertura dos arquivos do Vaticano sobre o pontificado de Pio XII (1939-1958).

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Em março de 2020, o Arquivo Apostólico Vaticano, juntamente com vários outros arquivos da Santa Sé, foram abertos à consulta de estudiosos. “Quando lhe agradeci pela abertura aos nossos pesquisadores dos arquivos do Vaticano do período relevante do Holocausto, disse Dayan, o Papa disse com decisão: ‘Isto é fazer justiça, abrir os arquivos à pesquisa significa fazer justiça'”.

O Pontífice reiterou o que já afirmara: “A Igreja não tem medo da história, aliás, ama-a”. Acrescentou também que estava bem ciente de que, como em qualquer outra sociedade, “naquele terrível período da humanidade, na Igreja, havia aqueles que agiram corretamente e aqueles que não agiram”.

Clara condenação do antissemitismo

Dayan disse ainda que o Papa Francisco foi muito claro ao condenar o flagelo do antissemitismo e enfatizou a importância de continuar a combatê-lo para derrotá-lo. “Para Yad Vashem, que é dedicado à memória dos 6 milhões de judeus mortos pela Alemanha nazista e seus colaboradores, este é um momento histórico”, disse o presidente do Centro. “Esta é a primeira vez que o Papa recebe o presidente do Yad Vashem em audiência privada”, declarou, “e acredito que isto mostra ao mundo a importância que Francisco, líder da Igreja Católica, atribui à memória do Holocausto e à luta contra o antissemitismo”.

No final da audiência, Dani Dayan disse que deu um presente a Francisco e que o Papa teve a gentileza de lhe dar um também, dizendo: “Nunca se esqueça que aqui você tem um amigo”.

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