Ângelus

'Eis-me aqui’ é o que devemos dizer ao Senhor, afirma o Papa

Na oração mariana deste sábado, 8, Francisco lembrou a força da fé de Maria, que nunca duvidou do amor de Deus

Da redação, com Vatican News

Papa Francisco durante o Ângelus deste sábado, 8 / Foto: Reprodução Vatican News

Na manhã deste sábado, 8, na Praça São Pedro, o Papa se dirigiu aos fiéis durante sua tradicional oração mariana do Ângelus, durante a Solenidade da Imaculada Conceição.

O Santo Padre focou seu discurso apresentando as diferenças nas respostas de Adão e Maria ao Senhor. Enquanto o primeiro teria dito “eu me escondi”, Maria, durante a anunciação, diz sim ao Senhor. “Eis a serva do Senhor”, afirma Maria.

“Eis-me é o contrário de escondi-me. ‘Eis-me’ se abre contra o pecado, é a palavra-chave da vida, uma vida vertical lançada em direção a Deus, é estar disponível, a cura para o egoísmo, o antídoto para uma vida insatisfeita”, ponderou o Papa.

E assim, segundo o Sucessor de Pedro, deveríamos começar nossos dias, com um “eis-me aqui, Senhor”. “Todas as manhãs dizer: ‘eis-me aqui, Senhor, faça-se em mim segundo a tua vontade’. Não segundo a minha, mas segundo a Tua vontade. Não ponha limites a Deus. Maria não ama o Senhor com interrupções. Este é o segredo da vida”, disse o Pontífice para, em seguida, emendar: “Deus é Pai e quer a confiança dos filhos”, reiterou.

Mesmo tendo esta fé inabalável no Senhor, a vida de Maria também não foi fácil. “Estar com Deus não resolve de forma mágica os problemas”, afirmou o Papa. Os problemas começaram imediatamente quando “o anjo a deixou … sozinha em uma situação difícil”. Ela sabia o que estava acontecendo. O que ela tinha certeza era que Deus permaneceu “com ela e nela”. Soube o que esperar e acreditava que “tudo ficaria bem”, disse o Papa. Portanto, Maria nos ensina a não viver “dependente de problemas … mas confiando em Deus e nos confiando a cada dia a Ele”.

Novos mártires

Ao final deste Ângelus, o Papa lembrou os 19 novos mártires beatificados na Argélia. O bispo Pierre Claverie e 18 outros homens e mulheres que morreram em nome da fé serão novos mártires. “Esses mártires do nosso tempo foram fiéis anunciadores do Evangelho, heroicas testemunhas da caridade cristã”, exaltou Francisco.

“O corajoso testemunho deles à comunidade católica argelina e semente de diálogo para a toda sociedade. Que esta beatificação seja estímulo para construirmos um mundo de fraternidade e solidariedade”, finalizou.

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