Videomensagem

Educação é amor e responsabilidade, diz Papa ao Pacto Educativo Global

Videomensagem do Papa ao Pacto Educativo Global foi apresentada hoje e convida ao compromisso por um renovado projeto educativo

Jéssica Marçal
Da Redação

Papa falou sobre o Pacto Educativo Global por meio de videomensagem durante um evento promovido hoje pela Congregação para a Educação Católica / Foto: Reprodução Youtube Vatican News

O Papa Francisco convida ao empenho corajoso em um projeto educativo, lembrando que a educação é, sobretudo, “uma questão de amor e responsabilidade”. Essa é, em síntese, a abordagem de sua videomensagem aos participantes do Pacto Educativo Global.

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.: Íntegra do texto da videomensagem do Papa Francisco

A videomensagem foi exibida nesta quinta-feira, 15, em um evento promovido pela Congregação para a Educação Católica na Pontifícia Universidade Lateranense, com transmissão on-line, sobre o assunto. Marcado para maio passado, o Pacto Educativo Global foi adiado em virtude da pandemia

O Santo Padre destacou que, quando lançou o convite para esse Pacto não podia nem imaginar que viria o contexto de pandemia, que acelerou e ampliou muitas urgências. “Os sistemas educativos do mundo inteiro sofreram com a pandemia, tanto a nível escolar como acadêmico”, frisou.

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A rápida resposta que se procurou dar diante desta realidade evidenciou, segundo o Papa, a disparidade de oportunidades educacionais e tecnológicas, bem como o fato de que muitas crianças e adolescentes têm sofrido atraso no processo normal de desenvolvimento pedagógico, por causa do confinamento ou carências anteriores. Fala-se de “catástrofe educativa”, expressão forte, mencionou o Papa, citando que cerca de dez milhões de crianças podem ter que abandonar a escola por causa dessa crise.

Evento na Pontifícia Universidade Lateranense tem transmissão on-line / Foto: Reprodução Youtube Vatican News

O poder da educação

Frente a essa situação dramática, Francisco fala da importância de um novo modelo cultural, um novo modelo de desenvolvimento, respeitando e defendendo a dignidade da pessoa humana. E, nesse sentido, enfatiza o poder transformador da educação.

“Educar é sempre um ato de esperança que convida à coparticipação transformando a lógica estéril e paralisadora da indiferença numa lógica diferente, capaz de acolher a nossa pertença comum. (…) Pensamos que a educação seja um dos caminhos mais eficazes para humanizar o mundo e a história. A educação é sobretudo uma questão de amor e responsabilidade que se transmite, ao longo do tempo, de geração em geração”.

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O Papa defende, assim, um caminho educativo renovado, um percurso integral e partilhado para e com as novas gerações, envolvendo família, comunidade, escolas e universidades, instituições, religiões, governantes e toda a humanidade na formação de pessoas maduras.

Os pontos indicados por Papa Francisco

Francisco destaca ainda a necessidade de ultrapassar uma visão que confunde educação com instrução e acaba por fragmentar as culturas. Ele destaca que não se deve esperar tudo daqueles que governam – “seria infantil” – mas frisa a corresponsabilidade que pode gerar novos processos e transformações.

“Sejamos parte ativa na reabilitação e apoio das sociedades feridas. (…) Capacidade de criar harmonia: é disto que precisamos hoje”, frisa.

O Santo Padre apresenta, então, sete pontos de comprometimento, pessoal e conjunto. Tais pontos dizem respeito: à dignidade da pessoa no centro de cada processo educativo; à necessidade de ouvir as crianças, adolescentes e jovens a quem se transmite valores e conhecimentos; a favorecer a plena participação das meninas e jovens na instrução; ao papel da família; à necessidade de abertura aos mais vulneráveis; a novas formas de compreender a economia, a política, o crescimento e o progresso e, por fim, a guardar e cultivar a casa comum.

Um ponto de referência que Papa Francisco dá para este projeto educativo é a doutrina social, inspirada nos ensinamentos da Revelação e no humanismo cristão. “É tempo de olhar em frente com coragem e esperança. Que, para isso, nos sustente a convicção de que habita na educação a semente da esperança: uma esperança de paz e justiça; uma esperança de beleza, de bondade; uma esperança de harmonia social!”.

 

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