"É uma vergonha", diz Papa sobre tráfico de pessoas

Papa destacou que é uma vergonha permitir que seres humanos sejam tratados como objetos

Da Redação, com Rádio Vaticano

"É uma vergonha", diz Papa sobre tráfico de pessoasApós celebrar a Missa na Casa Santa Marta nesta quinta-feira, 12, o Papa Francisco recebeu em audiência um grupo de diplomatas que estão começando sua missão na Santa Sé. Em seu discurso, Francisco abordou a problemática do tráfico de pessoas, que submete em especial os mais vulneráveis da sociedade a uma verdadeira “escravidão”, como ressaltou o Papa.

“Fala-se de milhões de vítimas de trabalhos forçados num tráfico de mão de obra e exploração sexual. Isto não pode continuar; seria uma derrota para o mundo permitir que seres humanos sejam tratados como objetos, enganados, violentados, vendidos, ou até mortos ou feridos no corpo e na alma, sendo por fim descartados e abandonados. É uma vergonha, um crime contra a humanidade”, disse o Papa.

Francisco chamou a atenção para a necessidade de vontade política para conseguir vencer a luta ao tráfico, tutelar os direitos das vítimas e impedir a impunidade dos corruptos e criminosos. Ele lembrou que, frequentemente, o tráfico de pessoas está relacionado ao comércio de drogas, armas, transporte de migrantes e máfia.

Nesse contexto, o Papa disse que, por vezes, até membros de missões de paz e funcionários públicos se envolveram no crime. Partindo daí, questionou sobre a exigência de um exame de consciência, lembrando que a pessoa humana não é mercadoria. “Quem a usa ou a explora se torna cúmplice deste crime”.

Concluindo, o Papa pediu aos embaixadores que unifiquem seus esforços na estratégia contra o tráfico de pessoas, para que jamais sejam usadas como meios, mas respeitadas em sua inviolável dignidade.

Os embaixadores que participaram da audiência com o Papa são de países diversos e distantes entre si: Argélia, Islândia, Dinamarca, Lesoto, Palestina, Serra Leoa, Cabo Verde, Burundi, Malta, Suécia, Paquistão, Zâmbia, Noruega, Kuwait, Burquina-Fasso, Uganda e Jordânia.

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