Angelus

Como Santo Estêvão, viver a caridade, o anúncio e o perdão, pede Papa

Francisco recordou no Angelus desta segunda-feira, 26, os mártires celebrados neste tempo do Natal, com ênfase em Santo Estêvão celebrado hoje

Julia Beck
Da redação

Foto: REUTERS/Remo Casilli

No Angelus desta segunda-feira, 26, dia em que a Igreja faz memória de seu primeiro mártir, Santo Estêvão, o Papa Francisco exortou os fiéis a viverem a caridade, o anúncio e o perdão – ensinamentos do santo.

Primeiro, o Santo Padre recordou o Natal do Senhor, celebrado ontem, 25. O Pontífice sublinhou que a liturgia, para ajudar os católicos a viverem melhor esta data, estende o a duração do Natal até 1 de janeiro, ou seja, a Igreja o celebra por 8 dias.

Nesse período de 8 dias, surpreendentemente, no entanto, Francisco frisa que se comemoram algumas “figuras dramáticas” de santos mártires, como por exemplo o santo do dia, Santo Estêvão.

“A liturgia parece realmente querer nos afastar do mundo das luzes, dos almoços e dos presentes, os quais podemos nos acomodar. E por quê? Porque o Natal não é a fábula do nascimento de um rei, mas a vinda de um salvador que nos livra do mal ao tomar sobre si o nosso mal: o egoísmo, o pecado e a morte”.

Mártires

Segundo o Papa, os mártires são os mais próximos de Jesus. “Mártires quer dizer testemunha”, assinala. Os mártires, prossegue o Santo Padre, são irmãos e irmãs que através de suas vidas mostram Jesus que venceu o mal com a misericórdia.

“Também nos nossos dias os mártires são numerosos, mais do que nos primeiros tempos. Hoje rezamos por esses irmãos e irmãs perseguidos, que dão testemunho de Cristo”, disse. Francisco prossegue: “E nós damos testemunho de Cristo? Como podemos melhorar nisso?”.

Caridade, anúncio e perdão

O Pontífice indica então Santo Estêvão. “Os atos dos apóstolos no dizem que ele era um dos diáconos que a comunidade de Jerusalém havia consagrado para a caridade. Isso significa que seu primeiro testemunho não foi em palavras, mas através do amor com o qual servia os mais necessitados”.

No entanto, o Papa afirma que Estêvão não se limitava a uma obra de assistência: a todos que encontrava falava de Jesus, compartilhava a fé à luz da Palavra de Deus e dos ensinamentos dos apóstolos.

O anúncio foi a segunda dimensão do testemunho do santo. “Acolher a Palavra e comunicar a sua beleza”, destaca. “Contar como o encontro com Jesus muda a vida. Para Estêvão isso era tão importante que não se deixou intimidar nem mesmo pelas ameaças dos perseguidores”.

“Caridade e anúncio, assim era Estêvão”, sublinha. Porém, Francisco indica que o maior testemunho do santo foi outro: ele soube unir a caridade e o anúncio.

“No momento da morte, seguindo o exemplo de Jesus, perdoou seus assassinos. Caridade, anúncio e perdão”, indica.

Como melhorar

Para o Santo Padre, é possível que cada católico melhore seu testemunho através da caridade com os irmãos, da fidelidade à Palavra de Deus e do perdão.

“É o perdão que diz se realmente praticamos a caridade para com os outros e se vivemos a Palavra de Deus. (…) Eu perdoo porque fui perdoado, e nós esquecemos isso”, ressalta.

O Pontífice pede então que os fiéis pensem individualmente na capacidade que cada um tem de perdoar. “Nesses dias em que encontramos pessoas que muitas vezes não nos damos bem, que nos feriram, com as quais nunca mais fizemos as pazes…Peçamos a Jesus a necessidade de um coração que sabe perdoar”, exorta.

Francisco indica então a necessidade de aprender a perdoar, rezar pelos que “nos feriram” e dar passos de abertura e reconciliação.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

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