ORAÇÃO MARIANA

Angelus: a maior doença da vida é a falta de amor, afirma Francisco

“Hoje, no Evangelho, Jesus se depara com as nossas duas situações mais dramáticas, morte e doença”, disse o Papa

Da redação, com Vatican News

Da janela do Palácio Apostólico, Francisco celebrou o Angelus deste domingo, 27 / Foto: Reprodução Vatican News

“A maior doença da vida é a falta de amor, é não ser capaz de amar. E a cura mais importante é a dos afetos. Estas são palavras pronunciadas pelo Papa Francisco antes da oração mariana do Angelus ao meio-dia deste 13º Domingo do Tempo Comum, assomando à janela de seu estudo no Palácio Apostólico Vaticano, diante dos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

“Hoje, no Evangelho, Jesus se depara com as nossas duas situações mais dramáticas, morte e doença”, disse o Papa. Delas ele liberta duas pessoas: uma menina, que morre enquanto pai foi pedir ajuda a Jesus; e uma mulher, que perde sangue há muitos anos. Jesus se deixa tocar pela nossa dor e morte, e realiza dois sinais de cura para nos dizer que nem a dor nem a morte têm a última palavra. Ele nos diz que a morte não é o fim. Ele vence este inimigo, do qual não podemos nos libertar sozinhos”.

“Concentremo-nos, no entanto, neste período em que a doença ainda está no centro das crônicas, no outro sinal, a curada mulher”, sublinhou. “Mais do que sua saúde, eram seus afetos a serem comprometidos: ela tinha perda de sangue e, portanto, de acordo com a mentalidade da época, era considerada impura. Ela era, portanto, marginalizada, não podia ter relações, um marido, uma família e relações sociais normais. Ela vivia sozinha, com o coração ferido”.

“A história dessa mulher sem nome, na qual todos nós podemos nos ver, é exemplar”, explicou o Papa Francisco. O texto diz que ela tinha feito muitas curas, “gastando todos os seus bens sem nenhuma vantagem”, ao contrário, piorando”. “A maior doença da vida é a pandêmica, o câncer, a pandêmica? Não… disse o Papa. É a falta de amor é não conseguir amar. Esta pobre mulher estava doente pela falta de amor. E a cura mais importante é a dos afetos”, disse Bergoglio.

“Também nós, quantas vezes nos lançamos em remédios errados para satisfazer nossa falta de amor”. “Pensamos que a nos fazer felizes sejam o sucesso e o dinheiro, mas o amor não se compra é gratuito. Refugiamo-nos no virtual, mas o amor é concreto. Nós não nos aceitamos como somos e nos escondemos por detrás dos truques da exterioridade, mas o amor não é aparência. Procuramos soluções em de magos e gurus, para depois nos encontrarmos sem dinheiro e sem paz”.
No entanto “nos refugiamos no virtual, mas o amor é concreto”, continuou o Papa.

“Não nos aceitamos como somos e nos escondemos por detrás dos truques da exterioridade, mas o amor não é aparência. Buscamos soluções de magos e gurus, para depois nos encontrarmos sem dinheiro e sem paz, como aquela mulher. Ela, finalmente, escolhe Jesus e se lança na multidão para tocar seu manto”. Em vez disso, “aquela mulher busca o contato direto e físico com Jesus. Especialmente neste tempo, entendemos a importância do contato, das relações”.

Francisco disse ainda que muitas vezes “gostamos de ver as coisas ruins das outras pessoas. Quantas vezes caímos na tagarelice, que é fofocar sobre os outros. Que horizonte de vida é este”? “Não julgue a realidade pessoal e social dos outros”, reiterou ele, “não julgue e deixe os outros viverem”. “Olhe ao seu redor: você verá que tantas pessoas que vivem ao seu lado se sentem feridas e sozinhas, elas precisam se sentir amadas. Dê o passo. Jesus lhe pede um olhar que não se detém na exterioridade, mas vai ao coração; um olhar que não julga, deixamos de julgar os outros, Jesus nos pede um olhar que não julga, mas acolhedor. Porque só o amor cura a vida. Que Nossa Senhora, finalizou o Papa Francisco, consoladora dos aflitos, nos ajude a levar uma caricia aos feridos no coração que encontramos em nosso caminho”.

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