Oração no Coliseu

A oração desarma os corações do ódio, diz Papa em evento pela paz

Papa participou de encontro de oração pela paz realizado hoje no Coliseu, em Roma

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Papa Francisco discursa em encontro internacional de oração pela paz / Foto: Reprodução Youtube Vatican News

O Papa Francisco participou nesta quinta-feira, 7, do encontro internacional promovido pela Comunidade de Santo Egídio: “Religiões e Culturas em diálogo. Povos irmãos, terra futura”. No evento realizado no Coliseu, em Roma, o Pontífice fez um discurso em prol da paz e da fraternidade entre os povos, reiterando a importância das religiões na promoção da paz. “A oração é aquela força humilde que dá paz e desarma os corações do ódio”.

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O Coliseu foi cenário de espetáculos fratricidas no passado, lembrou o Papa. Mas também hoje se assiste à violência e à guerra, ao irmão que mata o irmão como se fosse um jogo visto à distância. “Mas com a vida dos povos e das crianças não se pode brincar. Não se pode ficar indiferente. É preciso, ao contrário, entrar em empatia e reconhecer a comum humanidade a que pertencemos, com seus cansaços, suas lutas e suas fragilidades”.

Diante de uma sociedade globalizada e que espetaculariza a dor, é preciso “construir compaixão”, defendeu o Papa. Trata-se de sentir o sofrimento do outro, reconhecer sua face. Segundo ele, é a coragem da compaixão: faz ir além do “não me diz respeito”.

O papel das religiões

Francisco mencionou ainda o documento sobre a fraternidade humana, assinado em Abu Dhabi há dois anos. Recordou que os representantes das religiões são chamados a não ceder às seduções do poder mundano, mas dar voz a quem não tem, dar poio a quem sofre, aos oprimidos.

“É nossa responsabilidade, queridos irmãos e irmãs, ajudar a erradicar dos corações o ódio e condenar toda forma de violência. Com palavras claras, encorajemos a isso: depor as armas, reduzir as despesas militares para prover às necessidades humanitárias, converter os instrumentos de morte em instrumentos de vida”.

Sonho de paz

Para que os povos sejam irmãos, é preciso rezar incessantemente e uma palavra não pode deixar de ressoar na terra: paz.

Aqui, Francisco citou São João Paulo II e o caminho indicado para cultivar a paz em nome de Deus. E frisou que se existe quem deseja dividir e criar confronto, os representantes das religiões acreditam na importância de caminhar junto para a paz, que é, principalmente, uma atitude do coração.

“Povos irmãos para sonhar a paz. Mas o sonho da paz hoje se conjuga com um outro, o sonho da terra futura. É o empenho pelo cuidado da criação, pela casa comum que deixaremos aos jovens”, ressaltou.

Francisco concluiu recordando uma lição deste tempo de pandemia: não podemos continuar sãos em um mundo doente. A oração e a ação podem reorientar o curso da história.

“Coragem, irmãos e irmãs! Temos diante dos olhos uma visão, que é a mesma de tantos jovens e homens de boa vontade: a terra como casa comum, habitada por povos irmãos. Sim, sonhamos com religiões irmãs e povos irmãos! Religiões irmãs, que ajudam povos a serem irmãos na paz, custódios reconciliados da casa comum da criação”.

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