De volta ao Vaticano

Papa recorda os momentos que marcaram sua viagem à África

No vôo que o leva de volta ao Vaticano, o Papa Bento XVI falou de suas impressões desta viagem: de um lado, destacou a cordialidade quase “exuberante”, da alegria da África em festa, como se visse no papa a personificação do fato de que somo filhos e família de Deus. “Existe esta família e nós, com todos os limites, estamos nesta família e Deus está conosco.”

Por outro lado, o pontífice ficou muito impressionado com o espírito de recolhimento nas liturgias, o forte sentido do sagrado: “Nas liturgias, não há auto-representação dos grupos, auto-animação, mas tem a presença do sagrado, do próprio Deus. Para mim, isso me impressionou muito”.

O papa declarou-se ainda muito comovido com a morte de duas jovens antes do encontro no estádio dos Coqueiros, em Luanda. “Rezei e rezo por elas. Infelizmente, uma ainda não foi identificada. Esperamos que, no futuro, as coisas possam ser organizadas de modo que isso não aconteça mais.”

Bento XVI citou ainda outros dois eventos que ficaram na sua memória. No Centro Cardeal Léger, em Iaundê, onde “me tocou o coração ver o mundo de múltiplos sofrimentos, todo o sofrimento, a tristeza, a pobreza da existência humana, mas também ver como Estado e Igreja colaboram para ajudar os sofredores. Vê-se que o homem, ajudando o sofredor, se torna mais homem, o mundo se torna mais humano: isso permanece inscrito na minha memória”.

Em seguida, o pontífice citou a entrega do Instrumento de Trabalho para o Sínodo e a preparação do evento, quando se reuniu com todos os membros do Conselho para o Sínodo – 12 bispos – e cada um falou da situação de sua Igreja local, de suas propostas, de suas expectativas e, assim, nasceu uma idéia muito rica da realidade da Igreja na África. “Poderia dizer muito, por exemplo, da Igreja na África do Sul, que teve uma experiência de reconciliação difícil, mas com êxito positivo, que agora ajuda, com sua experiência, a tentativa de reconciliação em Burundi e tenta fazer algo semelhante em Zimbábue, apesar das dificuldades.”

Por fim, o papa agradeceu a todas as pessoas que contribuíram para o sucesso desta viagem: “Parece-me que realmente a palavra ‘obrigado’ deveria concluir esta aventura e obrigado mais uma vez também a vocês, jornalistas, pelo trabalho que fizeram e querem fazer. Obrigado!”.

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