Bento XVI fala do sentido de ser Igreja em meio aos escândalos

O Papa Bento XVI respondeu às perguntas de jornalistas durante o voo que o conduziu de Roma a Berlin, na manhã desta quinta-feira, 22.  Juntamente com os jornalistas e a comitiva que o acompanhou durante a sua 21ª viagem apostólica internacional e a terceira à Alemanha, o Santo Padre afrontou o tema da pedofilia e diante disso, fez uma reflexão sobre os reais motivos que levam as pessoas a permanecerem na Igreja.

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“Eu diria que é importante reconhecer que, estar na Igreja, não quer dizer fazer parte de uma associação, mas estar na rede do Senhor, que pesca peixes bons e ruins das águas da morte e os conduz às terras da vida. Pode ser que nesta rede estejam próximos a mim os peixes ruins, mas é certo que não estou aqui por estes ou por outros, mas estou porque é a rede do Senhor, que é uma coisa diferente de todas as associações humanas, uma rede que toca o fundamento do meu ser”, disse o Pontífice.

Quando questionado sobre as manifestações contrárias à visita, Bento XVI afirmou que se trata de uma coisa normal em uma sociedade livre marcada pelo secularismo, mas por outro lado, reconheceu que em meio a tudo isso existem pessoas que se alegram com a sua presença.

“Junto com a oposição, que considero natural e esperada, existe tanta gente que me espera com alegria, que espera uma festa da fé, um estar juntos e a alegria de conhecer Deus, o qual nos segura pela mão e nos mostra o caminho”, disse.

Encontro com os luteranos

Bento XVI também falou sobre o tão esperado encontro em Erfurt, o antigo convento de Martin Lutero, onde encontrará membros do Conselho da Igreja Evangélica Alemã, amanhã, 23.

“Quando aceitei o convite para estar viagem, era para mim evidente que o ecumenismo com os nossos amigos evangélicos deveria ser um ponto forte e central desta viagem”, afirmou o Papa.

O Papa alemão

O Pontífice afirmou que o ser alemão dele ainda é muito forte e acrescentou que inclusive continua lendo mais livros em alemão que em outras línguas. Mas mesmo com esta afirmação, na qual não nega as suas raízes, disse que o cristão pelo batismo nasce de novo em um novo povo, o qual é composto por todos os povos.

“Quando se assume uma responsabilidade suprema neste novo povo, a pessoa se iguala sempre mais a este povo. As raízes se tornam uma árvore e o fato de pertencer a esta grande comunidade da Igreja Católica plasma toda a existência”, afirmou.

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