"Bem-aventurados os MISERICORDIOSOS, porque eles alcançarão MISERICÓRDIA" (Mt 5,7)

Da Polônia para a História

Polônia: visitantes vão a Auschwitz em silêncio e recolhimento

Auschwitz foi o maior campo de extermínio no regime nazista; hoje recebe visitantes e também peregrinos que vão à Polônia para a JMJ 2016

Angélique Randon
Enviada especial à Polônia

Antigo campo de concentração em Auschwitz  / Foto: Canção Nova

Antigo campo de concentração em Auschwitz / Foto: Canção Nova

Auschwitz Birkenau é o maior e mais conhecido centro de concentração e extermínio nazista. O campo está localizado em Oświęcim, ao sul da Polônia, a 50 quilômetros de Cracóvia. Auschwitz é composto por 40 sub-unidades onde foram mortos, principalmente, judeus, poloneses, ciganos e prisioneiros de guerra soviéticos.

Passando pelo portão de entrada, debaixo do lema Arbeit Macht Frei (o trabalho torna livre), não há como não lembrar as milhares de pessoas que lá foram torturadas e mortas. Cerca de 1 milhão e cem mil pessoas morreram em Auschwitz, local que a cada dia acolhe milhares de visitantes em clima de silêncio e recolhimento.

Os nazistas deportaram para esse campo homens, mulheres e crianças de toda Europa em trens usados para transportar animais ou mercadoria. Mas em meio a essa fatalidade, é possível encontrar sinais de esperança em pessoas que testemunharam a fé em Cristo até a morte, como Edith Stein ou Maximiliano Kolbe.

São Maxiliano Kolbe é um exemplo atual de escolhas de amor e entrega total de si, ele deu a vida para salvar um pai de família que sofria com o nazismo. Na época do regime, 10 prisioneiros conseguiram escapar do campo de concentração e os nazistas decidiram criar um novo castigo para desencorajar que outros fizessem o mesmo. Escolheram arbitrariamente 10 homens no meio dos milhares de presos e os condenaram a morrer de fome. No meio desses, um pai de família começou a gritar de desespero, dizendo que tinha mulher e filhos e não queria morrer.

Confira
.: Fotos de Auschwitz

Foi nesse momento que São Maximiliano teve a coragem heroica de dar um passo à frente e se dispor para morrer no lugar deste homem, dizendo “eu sou sacerdote católico, eu quero dar a vida no lugar dele”. A troca foi aceita e foram dias de sofrimento onde São Maximiliano ajudou os outros condenados a morrer com dignidade e na oração. Ele foi o último a morrer.

Em sua viagem à Polônia para a Jornada Mundial da Juventude 2016, o Papa Francisco visitará Auschwitz e irá se recolher em especial na cela minúscula onde foi morto São Maximiliano Kolbe junto com os outros. A visita será na sexta-feira, 29.

Os predecessores de Francisco, João Paulo II e Bento XVI, também estiveram Auschwitz.

Museu

Por ocasião da JMJ 2016, o Museu de Auschwitz está aberto exclusivamente para os peregrinos do evento de 20 a 28 de julho e de 1º a 3 de agosto. Foram preparadas 300 mil entradas para esse público.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo