Figuras litúrgicas do Advento

Padre fala do exemplo de Isaías e João Batista na espera pelo Natal

Católicos de todo o mundo preparam-se para celebrar um dos acontecimentos mais importantes de sua história: o nascimento de Cristo. Nesse tempo do Advento, os fiéis podem se preparar espiritualmente a partir do exemplo de alguns personagens bíblicos que vivenciaram, há mais de dois mil anos, essa mesma espera.

Isaías e João Batista são dois personagens importantes na história da salvação da humanidade que aparecem repetidas vezes na liturgia do Advento. Nas pregações ou no silêncio, eles mostram aos católicos como viver a espera pelo Senhor, lembrando que Deus quer que o homem receba com carinho, respeito e preparação o que Ele vem trazer.

“Isaías é evidenciado por ser o profeta que, vivendo a centenas de anos antes de Cristo nascer, tão bem previu a vinda Dele e mais: o que foi aguardado e por ele anunciado vai se afirmando com a vida e o movimento salvador de Cristo”, explica o pároco da paróquia Nossa Senhora Aparecida, da diocese de Lorena (SP), padre Rodrigo Fernando Alves.

Em seu livro na Bíblia, o profeta Isaías tem um foco voltado para o anúncio da libertação e da esperança. Segundo padre Rodrigo, são mensagens que continuam atuais, já que os tempos de hoje também são marcados por lutas e pessoas que, se não cultivam a fé, desanimam e deprimem. “A mensagem de Isaías é atualíssima porque nos convoca à firmeza e perseverança. A aguardar porque tudo chegará a seu termo”.

Com relação a João Batista, o padre o descreve como a “reta final”, os “últimos e imediatos instantes” de preparação para a chegada de Jesus. Enquanto outros profetas profetizaram centenas de anos antes, João Batista está bem próximo da chegada. Essa proximidade explica o clamor por conversão, tão presente em suas pregações.

E com esse convite à conversão, os fiéis se deparam diante da importância do sacramento da Reconciliação. Padre Rodrigo destaca que este é um sacramento bom em qualquer época do ano, mas há tempos em que se torna mais convidativo devido à sua grandeza.

“A confissão é oportuna sempre que estamos em dificuldade de comunhão com Deus, com a vida e com os irmãos. Mais tem tempos em que precisamos caprichar mais: Advento e Quaresma, especialmente. Afinal, nesses dois que citei se destacam pontos altíssimos de nossa fé e quem tem ciência do valor dessas festas se prepara à altura”.

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