Setembro

Igreja inicia Mês da Bíblia: cresce interesse pela Palavra, diz padre

Missa marca o início do Mês da Bíblia 2021; confira programação desta quarta-feira, 1º, organizada pela CNBB

Julia Beck
Da redação

Foto: Wesley Almeida – Canção Nova

Há 50 anos, setembro é, para a Igreja no Brasil, o Mês da Bíblia. A ideia de um mês dedicado à Palavra de Deus surgiu em 1971 na arquidiocese de Belo Horizonte (MG). Era uma parceria inicial entre a arquidiocese e o Serviço de Animação Bíblica das irmãs paulinas de BH.

O assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Jânison de Sá, recorda que a experiência deu certo e logo se expandiu para todo o Brasil.

“Tornou-se uma atividade em todas as igrejas do Brasil. A cada ano foi sendo escolhido um livro bíblico, texto ou capítulos para serem trabalhados”, pontua o sacerdote. Este ano, a Igreja no Brasil aprofundará suas reflexões na Carta de São Paulo aos Gálatas.

Abertura do Jubileu

A abertura do jubileu de ouro do Mês da Bíblia acontece nesta quarta-feira, 1º, às 9h, com uma celebração eucarística.  A missa será presidida pelo presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo. Ela acontecerá diretamente do Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Na sequência, às 17h, haverá uma leitura orante. Quem conduzirá o momento é o arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, Dom José Antônio Peruzzo. 

Por último, às 20h, haverá uma mesa redonda. Ela contará com a participação do bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, e Dom José Antônio Peruzzo.  

Programação

O tema do Mês da Bíblia 2021 já vem sendo trabalhado pela CNBB há alguns meses. Em dezembro do ano passado, foi publicado o texto-base que ajuda dioceses, comunidades, pastorais e movimentos eclesiais a conhecerem melhor a Carta de São Paulo aos Gálatas.

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Este ano, no mês de junho, foi realizado o seminário formativo. Especialistas em bíblia apresentaram e explicaram o tema, contou padre Jânison. Agora em setembro, as igrejas particulares realizarão ciclos bíblicos e estudos.

“Como estamos em pandemia, em muitos lugares essas formações não ocorrerão de forma presencial. Alguns grupos farão estes estudos pela internet, de forma virtual. Motivamos as famílias que façam a leitura de textos bíblicos e a leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas, além de rezar e meditar”.

Valor da Bíblia

O Concílio Vaticano II coloca a bíblia como a alma de toda a teologia. É o que afirma o assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB. Deste modo, o presbítero ressalta que é importante que os católicos tenham o conhecimento da Palavra de Deus.

Segundo padre Jânison, nos últimos 50, 60 anos a Igreja tem insistido para que os católicos conheçam melhor os textos bíblicos. “São Jerônimo, em uma frase clássica, diz que ignorar as escrituras é ignorar o próprio Cristo”, alertou.

A orientação recomendada pela Igreja, explica o sacerdote, é que os movimentos, pastorais e grupos iniciem suas atividades, momentos de oração ou reuniões com a leitura e meditação da Palavra de Deus.

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O presbítero lembra inclusive do Sínodo dos Bispos convocado pelo Papa emérito Bento XVI, que foi realizado em 2008 e tinha como foco a bíblia. O tema trabalhado foi a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja.

Do Sínodo, padre Jânison lembra o surgimento da Exortação Apostólica Pós-Sinodal de Bento XVI nomeada “Verbum Domini”. “A Palavra de Deus tem fundamental importância na vida e missão não só da Igreja Católica, mas de nossas vidas”.

Balanço dos 50 anos do Mês da Bíblia

Foto: CNBB

Ao recordar os 50 anos de celebração anual do Mês da Bíblia, o assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB faz um balanço positivo.

O sacerdote lembra que nos primeiros 10, 20 anos somente em Belo Horizonte se publicava um texto ou reflexão sobre o livro bíblico daquele ano. Atualmente, padre Jânison pontua que todas as editoras e organismos da Igreja publicam matérias sobre o tema.

Depois, o presbítero ressaltou que é notável o crescimento do interesse dos católicos pela Palavra de Deus, mas que é preciso continuar aproximando os fiéis da bíblia sagrada.

“Não devemos colocar a Palavra de Deus em segundo plano. Às vezes nos falta cuidado com a bíblia. Ela é muito importante. É preciso não só tê-la em casa, mas meditar e rezar”, incentivou.

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