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Conheça a história do diaconato permanente no Brasil

Em Assembleia Geral, diáconos celebram os 50 anos da restauração do diaconato permanente no Brasil

André Cunha
Enviado especial a Aparecida (SP)

Os diáconos permanentes brasileiros foram lembrados na Assembleia Geral da CNBB, nesta quinta-feira, 23. Os bispos celebraram os 50 anos da restauração do diaconato permanente no Brasil, que se deu no contexto do Concílio Vaticano II. Desde então, abriu-se espaço para homens casados serem ordenados para o serviço diaconal no Brasil.

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Diácono Zeno, diocese de Novo Hamburgo (RS) / Foto: Comissão Nacional dos Diáconos

De acordo com o presidente da Comissão de Diáconos Permanentes da CNBB, diácono Zeno Konsen, os primeiros diáconos brasileiros foram ordenados por Paulo VI na Colômbia, numa remessa de 40 homens da América Latina, em 22 de agosto de 1981. Um dos quatro brasileiros ordenados ainda trabalha na Arquidiocese de Porto Alegre, servindo à catedral metropolitana.

Inicialmente, o trabalho do diácono permanente era ir a lugares onde o padre não poderia estar. Após 1990, a mentalidade começou a se modificar, abrindo espaço para homens diretamente inseridos na sociedade como médicos, advogados e etc para o serviço direto à Igreja local.

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Desde então, o número de diáconos permanentes cresceu, chegando a 3.400 em 2014, sendo que, mais de 200 já foram ordenados neste ano e mais de mil estão em formação. Os dados são da Comissão para o Diaconato permanente no Brasil.

Diácono Zeno atribui este crescimento à descoberta da Igreja de que existem homens preparados, com as características necessárias para o trabalho, com uma longa caminhada eclesial e  participantes da comunidade.

O diácono permanente na Igreja

O presidente da comissão explica que o diácono está ligado diretamente ao seu bispo diocesano, a quem deve obediência. Em nome do bispo, ele ajudará o padre nos trabalhos pastorais em uma paróquia.

Para ser diácono permanente são necessárias três capacidades: administração familiar, profissional e comunitária. Deve ser um homem apresentado pela comunidade, de longa caminhada.  “Então a Igreja impõe as mãos para, em nome do bispo, atuar numa paróquia”, explica o diácono Zeno.

Assembleia Geral dos diáconos permanentes

A Assembleia Geral dos Diáconos Permanentes 2015 comemora os 50 anos da restauração do diaconato permanente no Brasil. Além disso, ela elegerá a nova presidência da Comissão da CNBB dedicada a este trabalho.

Cerca de 450 pessoas, entre diáconos e bispos, participarão da Assembleia que começará na noite desta quinta-feira, 23, e terminará no domingo, 26.

Os participantes farão memória dos 50 anos de diaconato no Brasil e ainda pontuarão os desafios para os próprios tempos.

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