13 de outubro

Procissão do Círio de Nazaré 2019 lota ruas de Belém neste domingo

Após a missa campal celebrada na manhã deste domingo, 13, fiéis participam da maior procissão do Círio de Nazaré 2019

Da redação, com Organização do Círio 2019

Multidão lota ruas de Belém/ Foto: Yêda Sousa – ASCOM Basílica Santuário de Nazaré

A grande procissão do Círio de Nazaré 2019 começou neste domingo, 13, após a missa campal celebrada por Dom Giovanni D’Aniello, Núncio Apostólico no Brasil. Fiéis reunidos em Belém para a romaria saíram da Catedral e seguem rumo à Basílica Santuário. Durante o trajeto da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, é possível perceber objetos que se tornaram símbolos da procissão principal da festa: a berlinda, a corda, o manto e os círios.

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A berlinda é o pequeno oratório envidraçado, no qual a imagem da Virgem de Nazaré é colocado para percorrer todo o trajeto da romaria. O objeto começou a ser utilizada no Círio a partir de 1882, por sugestão do Bispo Dom Macêdo Costa. Até então, a imagem era conduzida no colo pelo capelão do Palácio do Governo, como era tradição desde o primeiro Círio, em um palanquim, uma espécie de liteira fechada presa a um varal levado no ombro por quatro ou seis homens, veículo comumente utilizado à época por pessoas abastadas e autoridades.

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A partir da utilização da berlinda, puxada por cavalos, a imagem passou a ser levada sozinha. Em 1885 foi introduzida a corda. No ano de 1926, entre as diversas mudanças sugeridas pelo então arcebispo de Belém, Dom João Irineu Joffily, a berlinda foi substituída por um andor e assim permaneceu até o Círio de 1930, quando retornou. A berlinda atual é a quinta da história. Foi confeccionada em 1964, pelo escultor João Pinto. Ela tem estilo barroco e foi produzida em cedro vermelho. Conforme a tradição, é ornamentada com flores naturais, sendo utilizada no Círio e na trasladação.

Imagem peregrina da Virgem de Nazaré durante romaria/ Foto: Danusa Rego – Canção Nova

Introduzida na romaria no século XIX, a corda tinha a função de puxar o carro de boi que carregava a berlinda para que o mesmo não atolasse durante o percurso. Desde então, a corda foi introduzida no Círio e ao longo de sua permanência chegou a ser abolida, mas retornou em 1930. A corda tornou-se com o tempo um símbolo da procissão, já que os fiéis costumam segurá-la durante todo o percurso. O objeto utilizado este ano chegou a Belém no dia 19 de outubro e possuía 800 metros, 400 foram usados para a trasladação e 400 estão sendo utilizados neste domingo, 13.

O manto, mais um dos símbolos da Festa de Nazaré, veste a imagem da Virgem de Nazaré durante a romaria principal do Círio. Na edição deste ano da festa, a peça desenhada por Celeste Heitmann e confeccionada pela estilista Káthia Novelino, foi apresentada na última quinta-feira, 10. Tendo como principais características o simples e o belo, o manto, segundo a organização do Círio 2019, homenageia o Sínodo dos Bispos para a Pan-Amazônia e os trezentos anos de criação da Diocese de Belém, hoje Arquidiocese. Os elementos de destaque presentes no manto são: a samaumeira, as flores e o broche.

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Um dos principais símbolos da festa é o Círio e as velas. Feitos de cera, o Círio e as velas presentes na grande procissão apresentam vários formatos e tamanhos. O Círio representa a verdadeira luz que ilumina todo homem e que dissipa as trevas, enquanto as velas representam a fé e são sinônimos de devoção.

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