Verão à vista

Campanha Dezembro Laranja alerta sobre o câncer de pele

Dados apontam que serão mais de 2 milhões de brasileiros vítimas de câncer de 2023 a 2025; destes, o câncer de pele não melanoma segue sendo o mais incidente

Thiago Coutinho
Da redação

O clima tropical no Brasil contribui para os casos de câncer de pele / Foto: wavebreakmedia_micro por Freepik

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) recorda um dado preocupante para o brasileiro: de 2023 a 2025, serão mais de 2 milhões de diagnósticos da doença no país, com pelo menos 704 mil casos registrados a cada 12 meses do triênio. Partindo destes dados, o câncer de pele não melanoma segue sendo o mais incidente entre os brasileiros — representam 31,3% do total de casos, ultrapassando com folga o câncer de mama (10,5%) e próstata (10,2%).

Como todo tipo de câncer, o quanto antes detectado, maiores são as chances de cura. “O nosso clima tropical contribui para termos mais exposição aos raios ultravioletas que são grandes vilões para o câncer de pele”, explica Suelen Martins, médica oncologista e pesquisadora.

A médica ressalta que o uso periódico do protetor solar é fundamental para proteger a pele contra o câncer. Mas é necessário saber qual proteção é a mais indicada para cada pele. “Cada pele tem uma indicação diferente de filtro solar principalmente em relação ao nível de proteção. O importante é sempre passar mesmo em dias não ensolarados e mesmo em locais onda a luz é artificial como nas casas e escritórios”, afirma. E acrescenta: “Na praia ou piscina onde a exposição é mais intensa, o uso também deve ter seu cuidado redobrado e ser reaplicado a cada 2-3 horas”, afirma a médica.

Base

É comum que as pessoas — especialmente mulheres — façam uso das conhecidas bases sobre a pele, a fim de trazer um aspecto mais uniforme e esconder alguns defeitos. Existem diversos tipos no mercado, incluindo bases com proteção solar. Pode ser um alento, afinal, são dois produtos em um — base e protetor solar.

“A depender de cada base e o fator de proteção, se adequada para sua pele, pode ser usada no dia a dia”, garante a médica oncologista. “Mas a avaliação de cada caso deve ser feito pelo médico dermatologista. Se a exposição for maior e mais intensa, como na praia, o uso de um filtro solar com maior potência de proteção deve ser o mais indicado”, alerta.

Sinais

O ideal é que a doença, para ser combatida a contento, seja descoberta em seus primeiros estágios. Mas é preciso saber identificar os sintoma iniciais. “Os sinais mais típicos do câncer de pele são relacionados a manchas, nódulos ou úlceras que podem surgir na pele com características específicas”, observa a oncologista e pesquisadora. Eis as principais características destas manchas e lesões:

assimetria da lesão;
bordas irregulares;
– alteração na cor da lesão;
– alteração na dimensão da lesão;
– evolução de uma lesão como aumento, sangramento e coceira.

“O importante é, sempre que tiver dúvidas, procure auxílio médico”, diz a especialista. 

Proteção capilar

O cabelo pode ser um protetor natural contra a incidência de raios solares na cabeça. “O cabelo ajuda muito como uma grande ‘cobertor’ para o couro cabeludo que contém parte da nossa pele”, detalha a médica. “Mas é uma parte do corpo que deve ter especial atenção em homens ou mulheres que têm perda de cabelo e falhas que possibilitam exposição ao sol. Por isto se faz necessário uso de protetor também no couro cabeludo”, finaliza.

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