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Bispos falam de CEBs e reforma agrária

Na coletiva desta terça-feira, 28, na 47ª Assembleia da CNBB, os bispos falaram sobre as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e sobre a 12ª Intereclesial, encontro que vai acontecer pela primeira vez na Amazônia, entre os dias 21 a 25 de julho. Estiveram presentes, o responsável pelo evento, Dom Moacyr Grechi, o bispo responsável para as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), Dom Adriano Ciocca, e o presidente nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dom Ladislau Biernaski.

Dom Adriano destacou que após um momento de parada para retormar o fôlego, as CEBs tiveram que mudar um pouco o perfil e, hoje, vivem um momento interessante, “estão muito vivas e numa grande fase de renovação”.

Ao partilhar sua experiência, Dom Moacyr recordou que é bispo há 37 anos na região Amazônia, sendo 27 deles no Acre e, agora, em Rondônia. Disse ainda que, nessa região, as CEBs são os únicos modos de viver as propostas de Jesus Cristo. As comunidades se destacavam por procurar viver o amor fraterno, com partilha e expressões de amor.

E fez o convite para a 12ª Intereclesial que será centrada na CEB e o meio ambiente. “Como viver nesta Amazônia tão diferente e levar a frente sua missão eclesial neste ambiente?”, indagou.

Já Dom Ladislau enfatizou as prioridades da CPT que quer reativar e dinamizar a questão da reforma agrária no país. O bispo lembrou também as bandeiras levantadas pela comissão de lutar pelo fim do desmatamento na Amazônia, para que a floresta seja regenerada, e a luta contra a “contra-reforma” – o avanço do hidro-negócio, as melhores terras para a produção de biocombustíveis e as inferiores para a produção de alimentos. “Se tivermos poucos alimentos, eles vão subir o preço e quem não vai ter acesso serão os pobres”, explicou.

E destacou também o apoio e trabalho em favor dos sem-terra e as lutas para os que estão na terra possam melhorar sua vida e, assim, permanecer, sem ir para as cidades e encher as periferias.

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