CNBB

Bispos contra a hipertensão

Desde sábado, 5, os bispos reunidos na 46ª Assembléia Geral, em Itaici, estão verificando sua pressão arterial, como forma de apoio à Campanha de conscientização e prevenção contra a hipertensão, que será apoiada pela CNBB. Cadeiras dotadas de aparelhos automáticos de medição foram instaladas ao lado do plenário e devem ficar durante toda esta semana à disposição dos bispos.

A campanha, promovida por quatro entidades médicas: as Sociedades Brasileiras de Hipertensão, de Cardiologia e de Nefrologia e a Federação Nacional das Associações de Portadores de Hipertensão Arterial, será lançada no dia 26 de abril – Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão e terá ações durante todo o ano.

O secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, afirmou que a CNBB “participa com satisfação do mutirão contra a hipertensão e outras doenças não-transmissíveis, que são uma das principais causas de morte no Brasil”. Este mal afeta 30% da população brasileira adulta (mais de 50% na terceira idade) e já está presente em 5% das crianças e adolescentes. A Campanha pretende alertar a sociedade brasileira sobre a importância do tratamento.

Uma cartilha dos 10 mandamentos da Hipertensão foi sugerida por Dom Dimas, que incentivou que este material seja distribuído às mais de 15 mil paróquias brasileiras.

Os cardeais, arcebispos e bispos estão sendo contatados e convidados a instruírem os fiéis de suas dioceses a tomarem cuidados preventivos contra a hipertensão arterial e a procurarem a cura, no caso de já portarem a doença. “A vida é dom de Deus e a ciência também. E quando a ciência está a serviço da vida, a Igreja só pode apoiar”, disse Dom Dimas.

Prevenção e tratamento

Essa “doença silenciosa” – quase não apresenta sintomas perceptíveis, causa 40% dos infartos, 80% dos acidentes vasculares cerebrais e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT), que incluem a hipertensão, causam 59% dos óbitos no mundo, 75% nas Américas e 62,8% no Brasil. Tudo isso pode ser evitado ou minimizado se o doente souber da sua condição, puder tomar cuidados preventivos e mantiver o tratamento recomendado pelos médicos.

O presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, Dr. Artur Beltrame Ribeiro, diz que “a hipertensão é um dos mais graves fatores de risco para as doenças cardiovasculares”. O Dr. Carlos Alberto Machado, do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia, explica que “o tratamento exige dedicação extrema dos indivíduos em manter a medicação e muita força de vontade e disciplina no cotidiano da vida, pois envolve mudança de comportamentos e novos hábitos alimentares”.

O presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Dr. Jocemir Ronaldo Lugon, explica que “o paciente hipertenso precisa valorizar-se, manter a rotina de tratamento e, com isso, melhorar a sua qualidade de vida”.

Informações com CNBB

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