Assembleia Geral

Dom Dimas comenta processo eletivo da nova presidência da CNBB

Arcebispo de Campo Grande (MS) está entre os 296 bispos votantes da 57a Assembleia Geral da CNBB

Julia Beck
Da redação

Dom Dimas Lara, arcebispo de Campo Grande (MS)/ Foto: Reprodução CN

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ganhará uma nova presidência na próxima semana. Dom Dimas Lara, arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande (MS), está entre os 296 bispos votantes que participam até a próxima sexta-feira, 10, da 57a Assembleia Geral da CNBB. O bispo classifica o processo eletivo seguido pela conferência, um modelo único de democracia.

“Ao contrário das outras eleições em que se fazem chapas, e as pessoas tem programas de governo, fazem promessas, e os eleitores escolhem em quais promessas e programas vai votar, aqui não. Nós primeiro elaboramos o programa de governo que nós queremos, ou seja, primeiro elaboramos as diretrizes gerais das Ações Evangelizadoras da Igreja no Brasil para os próximos quatro anos e, só depois, que nós vemos quem tem condições de executar aquele plano de governo”, explica o arcebispo.

Dom Dimas explica que as novas diretrizes não são planos de ação e sim orientações. O bispo recorda que na história da Igreja no Brasil, em apenas dois momentos foram elaborados planos de ação sendo o primeiro ainda durante o Concílio Vaticano II, chamado de plano de emergência, e segundo foi denominado PPC – Plano de Pastoral de Conjunto – que se baseava nos seis principais documentos do Concílio Vaticano II.

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“A Igreja passou a trabalhar com diretrizes, uma vez que a diversidade de realidades no Brasil é muito grande e não dá para fazer um plano para uma ação evangelizadora em que todos os bispos pudessem seguir do mesmo modo. Hoje são feitas as diretrizes, as dioceses as recebem de maneira criativa e, aí sim, constroem planos de pastoral”, revelou.

Nesta nova atualização das diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, Dom Dimas revela que o foco principal é a continuidade e novidade: “O foco está sendo a realidade urbana, embora sem esquecer que a realidade urbana não se refere apenas a quem mora na cidade, mas sim a uma mentalidade, uma cultura marcada de forma especial por uma quarta Revolução Industrial dos meios de comunicação, que se faz presente em todos os lugares, inclusive no campo”, frisou”.

O arcebispo prosseguiu: “Continuidade, tentando retomar a questão da Igreja como uma comunidade de comunidades, casa de iniciação da vida cristã, à serviço da vida, da família. A imagem que as diretrizes estão escolhendo é a imagem da casa, a primeira comunidade se reunia nas casas e ali perseverava unida na fração do pão, na união dos apóstolos e com Maria, mãe de Jesus. É esse o modelo que nós queremos”. Neste final de semana os bispos contam com um retiro espiritual, sobre esta experiência Dom Dimas comenta: “É sempre muito bom parar para refletir sobre o nosso próprio ministério”.

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