Comunicação e Ecumenismo

56ª Assembleia Geral: bispos falam sobre comunicação e diálogo ecumênico

O diálogo inter-religioso, ecumenismo e os desafios de colocar o jovem diante da evangelização foram o tema desta coletiva de imprensa

Thiago Coutinho, enviado a Aparecida (SP)

O diálogo inter-religioso, o Sínodo dos Jovens (que ocorre em outubro deste ano) e um documento com orientações pastorais para as mídias católicas deram o tom da coletiva de imprensa da 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizada nesta terça-feira, 18.

“Há algum tempo, os bispos pedem uma palavra orientativa e até, vamos dizer, normativa, às mídias de orientação católica em questões como, por exemplo, doutrina, liturgia, a postura política, a venda de produtos religiosos por meio das mídias de comunicação, são muitas questões. Clamava-se por uma orientação por parte da CNBB. É disto que se trata este documento”, explicou Dom Darci Nicioli, bispo de Diamantina (MG).

Esse documento, que vem sendo preparado há mais de um ano, traz a visão única e uniforme de diversos preceitos da Igreja. “Assim acredito que possamos dar um testemunho público e explícito de compromisso, comunhão e unidade como Igreja, expurgando qualquer tipo de concorrência que são tão presentes nos meios não-confessionais”, disse.

O diálogo ecumênico

Dom Francisco Biasini, bispo de Barra do Piraí e Volta Redonda (RJ), falou a respeito dos desafios do ecumenismo e do diálogo inter-religioso. “Ser cristão é ser ecumênico”, afirmou o religioso. “No DNA do ser cristão existe o diálogo, o acolhimento, o ir ao encontro do outro. E junto com esta afirmação há também a constatação que parte dos Evangelhos: o cristianismo nasceu plural e não monolítico. O próprio Jesus teve um olhar muito especial para as pessoas que não eram de Israel”, reiterou.

Dom Biasini ainda chamou atenção dos extremismos, fundamentalismo e opiniões polarizadas que dominam os debates na sociedade. É preciso haver equilíbrio e tolerância para com a opinião do outro. “Essas polarizações impedem o diálogo e constroem muros entre as pessoas, as igrejas, entre classes e minorias esquecidas por quem detém o poder. A Comissão de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso tem como vocação dentro e fora da Igreja de levar a atitude do diálogo e do respeito”, declarou.

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.: Cobertura da 56ª Assembleia Geral da CNBB

Durante sua fala, o bispo da região sul-fluminense citou o relacionamento fraterno que a Igreja Católica mantém com a Igreja Luterana. “Este relacionamento pode se tornar até paradigmático para outras confissões cristãs”, disse.

Sínodo dos Jovens

Dom Vilson Basso, bispo da cidade de Imperatriz (MA), falou a respeito da vocação dos jovens dentro da Igreja, lembrando o Sínodo dos Jovens, previsto para outubro deste ano. “A Igreja quer de fato oferecer aos jovens uma experiência com Deus, que eles possam de fato se encontrar com Jesus”, disse o bispo.

O trabalho da Igreja, segundo o bispo, é fomentar a vontade no jovem de se tornar um evangelizador, de levar a Palavra de Deus ao mundo.

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