1 a 10 de maio

Secretário-geral da CNBB dá detalhes sobre assembleia dos bispos 2019

São esperados para a assembleia os 323 bispos ativos nas dioceses do Brasil e boa parte dos 171 eméritos

Kelen Galvan
Da redação

A partir desta quarta-feira, 1º, os bispos de todo o Brasil estarão reunidos em Aparecida (SP), para a 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Até o dia 10 de maio, a maioria dos 323 bispos ativos nas dioceses do país irão definir as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) da Igreja no Brasil para o quadriênio 2019 a 2023.

Desde o ano passado acontece o envio de sugestões das dioceses e a estruturação do texto das diretrizes, que será elaborada e aprovada agora em assembleia.

Secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner / Foto: Reprodução CNBB

O secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, explica que os documentos da CNBB são expressão da colegialidade e comunhão entre os bispos. Ele conta que, durante os dias da assembleia, uma comissão será nomeada para preparar o texto das novas diretrizes, que será submetido à novas sugestões dos bispos presentes, seja para mudanças no texto ou acréscimos. 

Após as alterações, o texto é levado para discussão em grupos e no plenário. “Após todo esse processo faz-se a votação global do texto. Caberá às dioceses e prelazias orientar a ação de evangelização [em suas dioceses] a partir da Diretrizes aprovadas”, destaca o bispo.

Eleições durante a assembleia

Outra novidade da assembleia deste ano será a eleição da nova presidência da entidade, que desta vez pode ter cinco membros, segundo o novo estatuto da CNBB. Os acréscimos seriam para os cargos de 2º Vice-presidente e Vice-secretário geral.

Dom Leonardo explica que o novo estatuto da CNBB e as mudanças introduzidas ainda necessitam de aprovação por parte da Santa Sé. E lembra que este processo de aprovação das novas diretrizes para a ação evangelizadora acontece justamente por ocasião da renovação dos cargos e serviços na CNBB.

Além da nova presidência, serão eleitos os presidentes das 12 comissões episcopais, que cuidam das ações pastorais em diferentes áreas, entre as quais, dos ministérios ordenados e vida consagrada, do Laicato, da Juventude, Vida e Família e Doutrina da Fé.

Retiro dos bispos

Durante os 10 dias da Assembleia, os bispos têm seus momentos de oração, com as laudes e a Santa Missa, mas um momento especial será o retiro que acontecerá no final de semana.

Este ano, o pregador do retiro será Dom José Tolentino Mendonça, Arcebispo arquivista e bibliotecário da Santa Sé. O tema das reflexões ainda não foi divulgado.

Segundo Dom Leonardo, o pregador terá liberdade para propor o tema ou temas de mediação durante o retiro, que começará no sábado, 4, às 15h, concluindo no domingo, 5, com a Missa no Santuário de Aparecida às 11h.

Bispo eméritos

Os 171 bispos eméritos do Brasil são convidados para participar da assembleia. Em geral, eles não participam das votações, mas podem participar nos trabalhos de grupo, nas celebrações e na convivência entre os membros do episcopado.

“Durante a assembleia temos uma das celebrações da Eucaristia que é presidida por um bispo emérito. No mesmo dia, o Presidente da Comissão para os Bispos Eméritos faz uso da palavra no plenário em nome dos eméritos e há um espaço para o encontro dos eméritos entre si”, lembra Dom Leonardo.

Carta ao Papa

O secretário-geral da CNBB destaca que a assembleia dos bispos deste ano pretende enviar uma carta ao Papa Francisco. “Um sinal da nossa colegialidade e expressão da nossa comunhão com o Bispo de Roma”, explica Dom Leonardo.

Ele conta que o conteúdo da carta será sugerido por uma comissão, em seguida será submetido ao plenário e após sugestões e acréscimos, o texto final da carta será aprovado e então enviado ao Papa.

Além da carta ao Papa, esta assembleia prevê a divulgação de duas mensagens.

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