Assembleia Geral da CNBB

Migração religiosa no Brasil preocupa bispos da CNBB

No primeiro dia de reunião, os bispos manifestaram preocupação com as mudanças no quadro religioso do país

André Cunha
Enviado especial a Aparecida

As últimas sessões desta quarta-feira, 6, primeiro dia da 54ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, aprofundaram a leitura sobre a realidade da Igreja no país, sob a perspectiva das mudanças do quadro religioso.

A especialista Sílvia Fernandes apresentou pesquisas sociológicas sobre o assunto, bem como dados que representam a ação pastoral da Igreja. O que se percebe, segundo o episcopado, é um crescimento na migração de fiéis entre as religiões e expressões cristãs no país.

Para o Arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, a situação preocupa a Igreja por ser um movimento em que as pessoas chegarão, ao fim das contas, sem nenhuma religião. Veja a declaração de Dom Geraldo:

Dom Geraldo também fez um desabafo a respeito da tragédia ambiental no entorno de Mariana (MG). O rompimento da barragem de rejeitos da Samarco, em novembro de 2015,  destruiu o distrito mineiro de Bento Rodrigues e já é considerado o maior desastre do gênero da história mundial nos últimos 100 anos.

O bispo destacou que o desastre não foi natural, mas provocado pelas mãos do homem, que, pelas leis atuais, são permitidos a desgastarem o meio ambiente. Veja o desabafo de Dom Geraldo:

Operação Lava Jato

Também na tarde desta quarta-feira, 6, no plenário do Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, os bispos se ocuparam de reflexões a respeito da atual situação política do país.

Dom Roberto Francisco Ferreira Paz, bispo de Campos (RJ), disse que a CNBB vai divulgar um posicionamento oficial no decorrer da Assembleia, mas lembrou que a instituição católica não está ligada a nenhum partido político. Disse que este é o papel dos leigos, que estão no centro das discussões desta Assembleia.

O bispo também falou sobre a Operação Lava Jato da Polícia Federal, defendeu a continuidade das investigações, enfatizando que estas cheguem a todos os partidos políticos, não a apenas alguns. Assista à declaração:

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