Nota de solidariedade

Arcebispo Metropolitano de Niterói sobre sequestro: "lamentável e triste"

Dom José Francisco divulgou uma nota de solidariedade após o desfecho do sequestro de um ônibus na Ponte Rio-Niterói

Da redação, com Arquidiocese Metropolitana de Niterói

No final da manhã desta terça-feira, 20, o Arcebispo Metropolitano de Niterói, Dom José Francisco Rezende Dias, divulgou uma nota de solidariedade após o desfecho do sequestro de um ônibus na Ponte Rio-Niterói. O sequestro começou pouco antes das 6h e interditou a ponte nos dois sentidos. Até as 9h, o sequestrador havia liberado seis reféns. Perto das 11h, o porta-voz da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro, coronel Mauro Fliess, confirmou que o sequestrador, que fez 37 reféns, foi morto por atiradores de elite.

Em nota, o bispo qualificou o fato como “lamentável e triste” e manifestou sua comunhão e solidariedade com o sofrimento dos 37 passageiros que ficaram como reféns, bem como sua oração pelo descanso eterno do sequestrador. “Em momentos trágicos como esse, é importante buscarmos o refúgio em Deus pela oração e invocar sua misericórdia”, escreveu Dom José Francisco. Confira a nota na íntegra:

“’O Senhor para nós é refúgio e vigor, sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia’ (Sl 45,2).

Amados irmãos e irmãs,

Hoje, dia 20 de agosto, a manhã começou com um fato lamentável e triste, que impactou a todos os cidadãos de bem em sua maioria trabalhadores, com o sequestro, na ponte Rio-Niterói, do ônibus que partiu do município de São Gonçalo em direção ao Rio de Janeiro.

Queremos manifestar nossa comunhão e solidariedade com o sofrimento dos 37 passageiros que ficaram como reféns, bem como a nossa oração pelo descanso eterno do sequestrador.

Em momentos trágicos como esse, é importante buscarmos o refúgio em Deus pela oração e invocar sua misericórdia. Confiando no Deus misericordioso, que se abaixa diante da nossa miséria, pedimos a sua proteção nesses tempos difíceis de violência e também pedimos que nos ajude a ser testemunhas da paz, pois, a violência não é de Deus!

Temos consciência de que todos nós, autoridades e povo, somos responsáveis pela construção da paz! Os instrumentos da violência e da morte devem ser transformados em instrumentos de melhores condições de vida para todos. Por isso, proclamamos com Jesus: “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).

Nós cremos no Deus revelado por Jesus Cristo. Ele é o Deus da Vida e da Paz! Com palavras e gestos, Jesus anunciou o Reino de Deus, posicionou-se com firmeza diante de pessoas e estruturas marcadas pela violência e, por isso, sofreu a morte de cruz. Dando a sua vida livremente, denunciou tudo e todos que promovem a morte. Cremos que o Pai deu a Ele a vitória. E Ele, o Senhor da Paz, nos deu o dom maior de sua ressurreição: o Espírito Santo que gera vida nos corações e no mundo.

Vamos, então, nos voltar para Deus ‘para que Ele nos mostre seus caminhos, e possamos caminhar em suas veredas’.

Vamos em direção à luz de Deus! (cf. Is 2,1-5)”.

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