#40anosCN

Conheça anônimos que fizeram a diferença na história da Canção Nova

Desconhecidos do grande público, músico, pedreiro e arquiteto contribuíram diretamente para o início, erguimento e continuidade da Canção Nova

Júlia Beck
Da redação

Foram muitos os que contribuíram para a construção física e humana da Canção Nova que, neste ano de 2018, completa 40 anos. Luzia Santiago, Dunga, diácono Nelsinho Corrêa, padre José Augusto, Márcio Mendes, Salete Ferreira, são alguns dos vários nomes do meio católico que auxiliaram e auxiliam Monsenhor Jonas na continuidade do carisma Canção Nova. Mas, além destes, muitos outros nomes, desconhecidos do grande público, foram e são peças fundamentais na história da Canção Nova.

Antônio de Aquino Filho, apelidado como “Boy”, João Carlos Monte Claro Vasconcellos, conhecido como “Joca”, e Antônio Aires Gonçalves, o “tio Bolinha”, são, respectivamente, o primeiro guitarrista católico do país e da Canção Nova, o primeiro arquiteto e o primeiro pedreiro da Chácara Santa Cruz, sede da comunidade em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo. Três nomes, três funções distintas e três papéis fundamentais para o início, erguimento e continuidade da Canção Nova.

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Antônio de Aquino Filho, apelidado como “Boy”/ Foto: Reprodução CN

Natural da cidade de Piquete, também do interior paulista, Antônio de Aquino é amigo de longa data do primeiro músico da Canção Nova, diácono Nelsinho Corrêa. Também foi o segundo a auxiliar Monsenhor Jonas na época em que ainda era padre e que a comunidade era uma profecia divina.

“Quando eu tinha entre 10 e 12 anos de idade, em Piquete, conheci ele [Monsenhor Jonas] por meio do meu amigo de escola, Nelsinho Corrêa, simplesmente por causa de um violão. Eles precisavam de alguém para tocar em uma noite de oração na capela do hospital da antiga fábrica da cidade”, relembra Boy.

“Tudo que envolvia o nosso amado padre Jonas, o Nelsinho entrava em contato pra saber se eu poderia ir”, contou o músico. De acordo com Antônio os convites eram sempre aceitos. De noites de oração até rebanhões, em todos os eventos o músico acompanhava o monsenhor. Perseverante, Boy foi convidado para lançar o “Anuncia-me” – primeiro EP (amostra de um álbum de músicas) católico do Monsenhor Jonas —, e a integrar a primeira banda Canção Nova. “Como voluntário da Canção Nova até hoje, e com 43 anos como músico missionário, eu digo que é a minha vida”, afirma.

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João Carlos conta que conheceu a Canção Nova quando integrava a Pastoral da Juventude em Lorena. “Em 1975 fiz minha primeira experiência de oração no Espírito Santo na fazenda em Areias — interior de SP — e foi quando começou um maior comprometimento com a Renovação Carismática e com a Canção Nova”, relata. De acordo com Joca, o olhar, condução, musicalidade, os ensinamentos teológicos e doutrinários do padre Jonas chamavam atenção e transmitiam ousadia e sonhos.

Sobre ter se tornado o primeiro arquiteto da Canção Nova, Joca conta que aconteceu após as inúmeras dificuldades enfrentadas pelo monsenhor no período inicial de organização dos encontros, situações que inspiraram a criação da comunidade e a necessidade de instalá-la em um local próprio. Na época estudante, João Carlos afirma ter tido o desejo de trazer para o projeto da primeira casa da Canção Nova – a Casa de Maria, em Queluz – um pouco do que o monsenhor havia sonhado.

João Carlos Monte Claro Vasconcellos, conhecido como “Joca”/ Foto: Reprodução CN

“Tudo na Canção Nova é um milagre, tudo é pequenininho e vai crescendo e acontecendo. Acompanhei de perto a construção e a correria da comunidade com as rifas, bolos, chá (…). Foi daí que nasceu a comunidade, de um comprometimento com o sonho do padre Jonas”. Autor também dos projetos do Rincão e da antiga Rádio, Joca se recorda que o pedido do monsenhor era sempre por locais que trouxessem conforto aos visitantes e que os fizessem ser tocados ainda na acolhida. “A canção Nova transformou a minha vida e a minha profissão”, lembra com gratidão.

“O Monsenhor Jonas, na época padre Jonas, me disse que fui o primeiro pedreiro que ele pediu para Deus para trabalhar aqui, essa foi a graça que Deus me deu”, contou Antônio Aires. Quando iniciou o trabalho na Canção Nova, tio Bolinha conta que nada existia e sua primeira obra foi a construção de um rancho para um boi recebido em doação. O Rincão e o Centro de Evangelização também foram construções que contaram com a contribuição do pedreiro.

Antônio Aires Gonçalves, o “tio Bolinha”/ Foto: Reprodução CN

Sócio antigo da Canção Nova, Antônio é membro desde 1996 do segundo elo da Comunidade Canção Nova. De acordo com tio Bolinha o chamado veio de uma necessidade do monsenhor. “Ele [Monsenhor Jonas] precisava ter um grupo que ficasse por fora, mas que ajudasse na oração, manutenção e foi então que surgiu o grupo. Entrei no grupo de preparação e fui aprovado, e fiquei”, relata. Segundo Antônio, hoje aposentado de suas funções, a oração, o compromisso missionário e a contribuição mensal o mantém conectado à Canção Nova.

“Sinto muito orgulho de fazer parte dos 40 anos. Sinto alegria em ter participado desta construção. Vi ela crescer e isso só pode ser uma obra de Deus. Fico alegre de ver como era e como está”, concluiu tio Bolinha.

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