Papa fala de fraternidade em encontro com Patriarca da Geórgia

Francisco pediu que seja colocado de lado tudo o que impede a Igreja Ortodoxa e Católica de, juntas, anunciarem Cristo

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Papa Francisco ao lado do Patriarca de toda a Geórgia, Elias II / Foto: Reprodução CTV

Papa Francisco ao lado do Patriarca de toda a Geórgia, Elias II / Foto: Reprodução CTV


Em seu terceiro compromisso na Geórgia, o Papa Francisco se encontrou, no Palácio do Patriarcado, com Sua Santidade e Beatitude Elias II, Catholicos e Patriarca de toda a Geórgia.

Ao iniciar seu discurso, Francisco destacou que o patriarca inaugurou uma nova página nas relações entre a Igreja Ortodoxa da Geórgia e a Igreja Católica, ao realizar a primeira visita histórica de um Patriarca georgiano ao Vaticano. Recordou que naquela ocasião os dois líderes religiosos trocaram o ósculo da paz e prometeram rezar um pelo outro, atitude que revigorou os laços existentes desde os primeiros séculos do cristianismo.

O Papa enfatizou a fraternidade apostólica entre as duas Igrejas: a Igreja Ortodoxa da Geórgia está enraizada de modo especial na figura do apóstolo André e a Igreja de Roma fundada sobre o martírio do apóstolo Pedro.

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“De fato, Pedro e André eram irmãos: Jesus convidou-os a deixar as redes e tornar-se, juntos, pescadores de homens (cf. Mc 1, 16-17). Caríssimo Irmão, deixemo-nos de novo olhar pelo Senhor Jesus, deixemo-nos ainda atrair pelo seu convite a pôr de lado tudo o que nos impede de ser, juntos, anunciadores da sua presença.”

Francisco recordou um poeta da Geórgia para falar sobre o amor cristão e disse que o amor do Senhor eleva o homem, porque o permite subir acima das incompreensões do passado, dos cálculos do presente e dos medos do futuro.

“O povo georgiano testemunhou, ao longo dos séculos, a grandeza deste amor. Nele encontrou a força para se levantar de novo depois de inúmeras provações; nele se elevou até aos cumes duma beleza artística extraordinária.”

O patrimônio cultural da Geórgia também foi recordado pelo Papa em seu discurso. Ele citou a música, a pintura, a arquitetura e a dança do país e elogiou a composição de hinos sacros feitos pelo próprio patriarca.

Ao falar sobre a história do Evangelho no país, Francisco recordou a figura de Santa Nino, que é comparada aos Apóstolos, e que espalhou a fé sob o sinal particular da cruz feita de lenho de videira.

“A multidão de Santos, que conta este país, encoraja-nos a colocar o Evangelho em primeiro lugar, evangelizando como no passado, e mais do que no passado, livres das amarras dos preconceitos e abertos à perene novidade de Deus. Que as dificuldades não sejam impedimentos, mas estímulos para nos conhecermos melhor, compartilharmos a seiva vital da fé, intensificarmos a oração de uns pelos outros e colaborarmos com caridade apostólica no testemunho comum, para glória de Deus nos céus e ao serviço da paz na terra”.

Ao concluir, o Papa manifestou seu desejo de ser amigo sincero da Geórgia e do seu povo.

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