Guerra na Síria

Unesco confirma que 30% da Cidade Velha de Alepo foi destruída

De acordo com a Unesco, 60% da Cidade Velha de Alepo foi danificada de forma severa e 30% das estruturas foram totalmente destruídas

Da redação, com Rádio ONU

Uma equipe da Unesco realizou uma missão de emergência na cidade síria de Alepo entre os dias 16 e 19 de janeiro, para checar a extensão dos danos ao Patrimônio Mundial e o estado das instituições educacionais.

A Unesco é a agência da ONU para Educação, Ciência e Cultura. Em um balanço divulgado esta sexta-feira, 20, a equipe que foi até Alepo confirma danos à Grande Mesquita de Umayyad; à Citadela, a mesquitas, igrejas e mercados a céu aberto; a escolas religiosas; a casas de banhos; a museus e a outros prédios históricos da cidade.

Zona de Emergência

De acordo com a Unesco, 60% da Cidade Velha de Alepo foi danificada de forma severa e 30% das estruturas foram totalmente destruídas. Apesar do conflito, a equipe notou a “incrível resiliência da população”.

Durante a missão, foram discutidas medidas de emergência com a prefeitura da cidade e com ONGs, com o intuito de coordenar as ações de recuperação local. Foi feita uma proposta de declarar a Cidade Velha de Alepo uma “zona de emergência” e a Unesco trabalha para coordenar esforços internacionais neste sentido.

Tragédia

No campo da educação, todas as escolas visitadas pela equipe em Alepo estão destruídas ou precisam de muitos reparos, já que faltam eletricidade e luz e as portas e janelas estão quebradas.

A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, declarou que a destruição de uma das cidades mais antigas do mundo é “uma tragédia para os sírios e para toda a humanidade”, sendo que a situação pede ação imediata.

Bokova voltou a pedir a todos os lados em conflito para que não façam dos monumentos culturais um alvo dos confrontos. Segundo ela, “destruir o patrimônio sírio é como matar o povo pela segunda vez”.

Palmira

A Unesco também está condenando a destruição do monumento de Tetrapilo e os danos a partes do Teatro antigo da cidade síria de Palmira, criados no ano 270 depois de Cristo.

Segundo a agência, trata-se de um novo “crime de guerra e de uma enorme perda para a população”.

A Unesco também recebeu relatos de execuções em massa ocorridas antes do teatro ser danificado. A diretora da agência, Irina Bokova, vê a ação como um exemplo “da limpeza cultural liderada por extremistas violentos, que buscam destruir vidas e monumentos históricos, com o intuito de privar os sírios de seu passado e futuro”.

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