Mohamed el-Tayeb

Líder muçulmano garante segurança do Papa em visita ao Egito

O Papa Francisco será o segundo líder católico a fazer uma visita oficial ao Egito, atrás de João Paulo II, em 2000

Da redação, com Ansa

As autoridades islâmicas do Egito garantiram nesta segunda-feira, 10, que não há riscos para o Papa Francisco durante sua viagem ao Cairo, programada para os próximos dias 28 e 29 de abril. De acordo com o conselheiro de protocolo do grã-imã Ahmed Mohamed el-Tayeb, da mesquita sunita de Al-Azhar, “não terá nenhum problema para a segurança” do líder católico. “Posso assegurar que não haverá nenhum problema para a segurança. O Papa será bem recebido no país. Estará completamente seguro”, disse à ANSA o conselheiro Kadri Abdelmottaleb.

No domingo, 9, duas explosões em igrejas cristãs coptas no Egito mataram 44 pessoas e foram assumidas pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), de vertente sunita que persegue e executa fiéis de outras religiões e muçulmanos xiitas. Francisco foi informado dos atentados enquanto celebrava uma Missa no Vaticano e lamentou o ocorrido. A Igreja Copta é cristã ortodoxa, mas não aceita o Concílio de Calcedônia e, portanto, não está em comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana.

Mesmo assim, está na mira do Estado Islâmico por ser cristã. A agenda de Francisco no Cairo prevê uma reunião com representantes do governo do Egito e com o imã Ahmed Mohamed el-Tayeb, além de fazer um discurso aos participantes da Conferência Internacional sobre a Paz. O Papa também terá uma reunião com o patriarca de Alexandria, Teodoro II. O logotipo oficial da viagem de Francisco ao Egito retrata o Papa, uma pomba branca que simboliza a paz, as pirâmides esfinges e o delta do rio Nilo. Ao cento da imagem, há uma cruz e uma meia-lua.

A viagem do Papa é uma retribuição aos convites feitos pelo presidente egípico, Abdel Fattah Al-Sisi, e pelo patriarca da Igreja Copta Ortodoxa, Teodoro II.

Jorge Mario Bergoglio será o segundo líder católico a fazer uma visita oficial ao Egito, atrás de João Paulo II, em 2000.

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