Reconstrução

Desalojados por tremor na Itália só devem ter casa em 2017

As residências de madeira que serão construídas pelo governo são similares às utilizadas após o tremor de abril de 2009 em Áquila

Da redação, com Ansa Brasil

O plano do governo italiano para a reconstrução das áreas atingidas pelo terremoto de 24 de agosto prevê que as pessoas desabrigadas permaneçam vivendo em tendas por não mais do que um mês.

As diretrizes foram definidas pelo gabinete do primeiro-ministro Matteo Renzi, passadas ao comando da Proteção Civil e têm como objetivo prioritário dar um destino adequado aos desabrigados.

Depois de retiradas das tendas, as pessoas serão levadas para hotéis e residências dos arredores das cidades atingidas, onde esperarão de três a quatro meses pela edificação das casas pré-fabricadas de madeira que as abrigarão enquanto os municípios são reconstruídos.

Dessa forma, elas só ganhariam uma habitação nova no fim de 2016 ou no começo de 2017. Para elaborar o plano, o governo consultou o arquiteto Renzo Piano, que é senador vitalício e vencedor do Pritzker de 1998. O prazo de um mês para a desmontagem das tendas se deve à aproximação do frio e das chuvas do outono europeu.

Enquanto isso, serão levantados módulos temporários para receber os alunos das escolas destruídas pelo terremoto, que devem estar prontos para o início do ano letivo, em meados de setembro.

Casas

As residências de madeira que serão construídas pelo governo são similares às utilizadas após o tremor de abril de 2009 em Áquila e refletem um desejo expressado pelos prefeitos de todas as cidades afetadas: não deixar as pessoas à espera da reconstrução de seus municípios.

O custo para levantá-las deve ser de 1,2 bilhão de euros, dinheiro que já foi separado pelo gabinete de Renzi. A Proteção Civil estima que, apenas em Amatrice, serão necessárias 600 casas para abrigar 1,8 mil desalojados.

“Há uma reconstrução para ser coordenada do modo mais sábio e rápido possível. Devemos fazê-la com pressa, mas devemos mais ainda fazê-la bem e envolvendo toda a população interessada. E, sobretudo, devemos manter viva a presença das comunidades no território. Os lugares têm uma alma, não são vilas de papelão”, escreveu o primeiro-ministro em sua newsletter desta segunda-feira, 29.

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