A conferência começou com a Organização Mundial da Saúde, OMS, chamando a atenção para as 300 mil pessoas que foram mortas no país
Da redação, com ONU Brasil
Líderes mundiais estão reunidos em Bruxelas, na Bélgica, para debater a catástrofe humanitária na Síria. A conferência de dois dias começou esta terça-feira, 4, com a Organização Mundial da Saúde, OMS, chamando a atenção para as 300 mil pessoas que foram mortas no país desde o início do conflito, há seis anos.
A agência mencionou também 1,5 milhão de feridos, além dos 13 milhões de deslocados dentro do país e dos 5 milhões de sírios refugiados em outros países. Segundo a OMS, “a miséria humana por trás destes números é muitas vezes negligenciada”.
No setor da saúde, segundo a OMS, faltam médicos, ambulâncias, equipamentos e medicamentos. Assim, várias pessoas feridas acabam morrendo pela falta de cuidados. A OMS destaca que a produção local de remédios caiu quase 70%.
A escassez de água potável e de saneamento básico facilita o risco de surtos de doenças e os índices de vacinação caíram pela metade. Para 640 mil pessoas em áreas cercadas, a situação é ainda mais crítica.
Outro problema são os mais de 330 ataques ocorridos a trabalhadores de saúde e a hospitais.
Educação
A Agência da ONU para Assistência a Refugiados Palestinos também participa do encontro em Bruxelas. Segundo a Unrwa, 70% das escolas na Síria deixaram de funcionar devido ao confronto.
Os centros de ensino foram destruídos, danificados ou ficaram totalmente inacessíveis pelos confrontos. Muitas escolas também passaram a abrigar famílias que abandonaram suas casas.