Preparativos

Coletiva no Vaticano apresenta Encontro Mundial das Famílias

Encontro Mundial das Famílias acontecerá em setembro de 2015, na Filadélfia, e espera-se reunir 15 mil participantes de todo o mundo

Da redação, com Rádio Vaticano

coletiva_encontro_familiasOs preparativos para o VIII Encontro Mundial das Famílias foi apresentado nesta terça-feira, 16, em coletiva de imprensa no Vaticano. O evento acontecerá na Filadélfia (EUA), de 22 a 27 de setembro de 2015.

“Teve início a contagem regressiva para o Encontro Mundial das Famílias”. Com essas palavras, o arcebispo de Filadélfia, Dom Joseph Chaput, sintetizou o clima de expectativa com o qual se aguarda e se prepara esse grande evento.

“Esperamos fortemente que o Santo Padre esteja entre nós na Filadélfia. O evento do próximo ano se torna mais real com o passar das horas. Filadélfia tem profundas raízes religiosas e o Papa Francisco é muito amado, dentro e fora da Igreja nos EUA. Como já disse em outra ocasião, estão previstos entre 10 a 15 mil participantes do Congresso sobre a família, provenientes do mundo inteiro. Uma Missa celebrada pelo Papa poderia facilmente atrair mais de um milhão de pessoas”, destacou Dom Chaput.

Sobre o tema do Encontro “O amor é a nossa missão: a família plenamente viva”, o arcebispo ressaltou que foi preparado um texto de catequese sobre assuntos relacionados à família.

Ademais, o prelado recordou os dois patronos do evento: São João Paulo II, que justamente 20 anos atrás iniciava os Encontros Mundiais das Famílias, e Santa Gianna Beretta Molla, exemplo extraordinário de mãe e mulher cristã.

A família Riley, da Filadélfia, engajada nos preparativos do Encontro, também participou da coletiva.

“Sentimo-nos comovidos por acolher em Filadélfia um evento de tal alcance, centralizado na família. A família é muito importante, determinante para o crescimento dos filhos. 20 anos atrás me converti ao catolicismo: fui atraída por sua atenção às mulheres, às mães e à família”, afirmou Barbara Riley.

Eventos preparatórios

Por sua vez, o presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia, enumerou uma série de eventos e iniciativas que precederão o Encontro de Filadélfia: em particular, na próxima quinta-feira, 18, o simpósio “Família e pobreza”, promovido em parceria com a “Caritas Internacional” e, sobretudo, o encontro do Papa Francisco com os avôs, no último domingo deste mês, 28 de setembro, na Praça São Pedro.

Espera-se a participação de cerca de 40 mil pessoas – provenientes de 20 países –, entre as quais um casal de anciãos refugiados do Iraque que dará seu testemunho sobre os sofrimentos do povo iraquiano, ressaltou o presidente do Pontifício Conselho para a Família.

Todos esses eventos, ressaltou Dom Paglia, evidenciam a importância da família, apesar das dificuldades que deve enfrentar:

“Muitas vezes as famílias são esquecidas e por vezes fustigadas, mas, graças a Deus, existem milhões e milhões delas que literalmente mantêm a Igreja e a sociedade em vida.”

Beleza da família no projeto de Deus

Durante a coletiva foi ressaltado que o Encontro de Filadélfia será uma ocasião fecunda de ulterior debate e reflexão após o Sínodo extraordinário sobre a família. Em seguida, Dom Chaput quis evidenciar que não se deve falar somente dos problemas da família, mas de sua beleza no projeto de Deus:

“Trataremos de temas reais: de fato, deveremos falar do projeto de Deus partindo da realidade de nossas próprias experiências, inclusive das experiências difíceis. Porém, a finalidade é encorajar as famílias a fim de que acolham o projeto de Deus com alegria. A Igreja tem dois mil anos de experiência no empenho em ajudar-nos a fazer essa reflexão, a ajudar as famílias a incorporar essa experiência em sua vida.”

Movimento  “Manif pour tous”

Respondendo às perguntas dos jornalistas, Dom Paglia fez um comentário sobre o movimento popular francês “Manif pour tous”, movimento em defesa da família que surgiu na França após a aprovação, no país, da lei sobre uniões homossexuais:

“Diria que é um exemplo muito bonito o que aconteceu na França, ou seja, o de envolver o mais largamente possível fiéis, fiéis de outro modo, não-crentes, quem quer que seja, para apoiar esta dimensão da família como célula fundadora de nossas sociedades.”

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