Angelus

Papa convida católicos a evitar julgamentos "sem misericórdias"

No Angelus, Francisco também lembrou a visita que realizou à cidade de Milão, neste sábado, 25; o Pontífice agradeceu a escolhida

Da redação, com Agência Ecclesia

O Papa disse, neste domingo, 26, no Vaticano, que é preciso abandonar “preconceitos” sobre os outros e evitar julgamentos “sem misericórdia”.

Francisco falava diante dos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a recitação da oração do Angelus, um dia depois de ter realizado uma viagem à Arquidiocese de Milão, onde almoçou com reclusos, numa prisão da cidade.

“Caminhar na luz significa, sobretudo, abandonar as luzes falsas: a luz fria e insensata do preconceito contra os outros, porque o preconceito distorce a realidade e carrega-nos de aversão contra os que julgamos sem misericórdia e condenamos sem apelo”, declarou o Papa, no tradicional encontro do meio-dia com peregrinos de Roma e de vários países.

Francisco lamentou que os “mexericos” sobre os outros sejam o “pão nosso de todos os dias” e desafiou os católicos a abandonar a “falsa luz do interesse pessoal”.

“Se avaliamos pessoas e coisas com base no critério do que nos é útil, do nosso prazer, do nosso prestígio, não damos verdade às relações e às situações”, observou.

Partindo do episódio da cura de um cego por Jesus, relatado na passagem do Evangelho  lido hoje nas Igrejas de todo o mundo, a intervenção apresentou a fé como uma “luz nova” que se acende no Batismo.

O Papa quis deixar depois uma palavra de agradecimento ao arcebispo de Milão, cardeal Angelo Scola, e a todo o povo da região pelo “caloroso acolhimento” de mais de um milhão de pessoas, ao longo deste sábado.

“Senti-me verdadeiramente em casa, com todos, crentes e não-crentes”, confessou.

Francisco recordou ainda a beatificação, este sábado, 25, de José Álvarez-Benavides y de la Torre e de outros 114 mártires da Guerra Civil Espanhola, que decorreu na cidade de Almería.

“Estes sacerdotes, religiosos e leigos foram testemunhas heroicas de Cristo e do seu Evangelho de Paz e de reconciliação fraterna. Que o seu exemplo e a sua intercessão sustentem o compromisso da Igreja em edificar a civilização do amor”, declarou.

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