Papa concede entrevista a jornal italiano

Na entrevista, Francisco fala sobre o Natal e diversos temas relacionados à Igreja

Da Redação, com Rádio Vaticano em italiano

Papa concede entrevista a jornal italiano“O Natal pra mim é esperança e ternura”. Começa com uma reflexão sobre o sentido do Natal a entrevista que o Papa Francisco concedeu ao jornal italiano La Stampa. No texto publicado neste domingo, 15, o Santo Padre aborda o tema do sofrimento das crianças e do drama da fome no mundo. Ele também fala da relação entre a Igreja católica e outras confissões cristãs, questões de matrimônio e da família que estarão no próximo Sínodo.

Na entrevista, que durou cerca de uma hora e meia, Francisco fala do primeiro Natal que ele celebrará como Bispo de Roma, explicando seu real sentido e a forma de vivê-lo. “O Natal é o encontro de Deus com o seu povo. E é também uma consolação, um mistério de consolação”.

Outro tema abordado é o cinquentenário da visita história do Papa Paulo VI à Terra Santa. Papa Francisco exprime o desejo de ir até lá para encontrar aquele que define como seu “irmão Bartolomeu, patriarca de Constantinopla”.

Francisco também fala do sofrimento inocente de crianças, uma dor que é visível também nas situações de fome. O Papa convida a chocar-se com a indiferença e evitar o desperdício. Sua bússola é a Doutrina Social da Igreja, como ele mesmo explica, fazendo referência à Exortação Apostólica Evangelii Gaudium.

A unidade dos cristãos é uma prioridade. Hoje existe o “ecumenismo do sangue”, diz o Santo Padre, explicando que em muitos países os cristãos são assassinados sem distinção, mas a unidade é uma graça que ainda deve ser alcançada.

Sobre a questão dos sacramentos aos divorciados e casados novamente, o Papa não se pronuncia, aguardando o Consistório de fevereiro próximo e o Sínodo extraordinário de outubro de 2014, mas ressalta a necessidade de recorrer à prudência “não como atitude paralisante, mas como virtude de quem governa”.

No que diz respeito à justa relação entre Igreja e política, o Papa fala de uma relação que se move em diversos âmbitos e com diversas tarefas, mas que deve convergir no ajudar o povo. “A política é nobre – diz Francisco citando Paulo VI – é uma das formas mais altas de caridade. Nós a manchamos quando a usamos para os negócios”.

Por fim, Francisco refere-se à figura da mulher na Igreja, dizendo que ela deve ser valorizada, não “clericalizada”.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo