6ª coletiva

Igreja precisa ser respeitada em sua posição, diz Dom Antônio

Na coletiva desta quarta-feira, 11, o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto – que ajudou na formulação da nota da CNBB sobre o julgamento da união homoafetiva no STF – comentou acerca do parecer oficial dos bispos.

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Matrimônio faz parte do plano da maioria das pessoas, diz Dom Antônio Augusto
.: Editoria especial da Assembleia da CNBB

.: Fotos da 49ª Assembleia da CNBB no Flickr

Dom Antônio afirmou que o teor da nota não se trata de discriminação, pois do mesmo jeito que as pessoas homossexuais pedem respeito pela suas convicções, a Igreja também quer ser respeitada na sua posição de que o casamento é definido como uma união entre o homem e a mulher.

“Cada instituição tem os seus direitos e procedimentos próprios. Não há como considerar discriminação [por parte da Igreja], destacou ao recordar que a Igreja já se pronunciou sobre o tema através de documentos da Santa Sé, como a “Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais“, de 1986.

Semana Social vai ser sobre reforma política

Em sua colocação, o Bispo de Franca (SP), Dom Pedro Luiz Stringhni, anunciou que a realização da 5ª Semana Social Brasileira foi aprovada por unanimidade e vai tratar sobre reforma política, com o tema do Documento 91 da CNBB: “Por uma Reforma do Estado com participação Democrática”

“Há muito o que fazer para que haja distribuição de renda e igualdade social e política”, disse Dom Stringhini ao explicar sobre a necessidade da abordagem do tema.

A data do evento ainda não foi definida por motivo de escolha da nova presidência da Comissão da CNBB, que está em processo nesta 49ª Assembleia.

De acordo com Dom Pedro, o evento abordará ainda assuntos como mudanças climáticas, violência urbana e pretende colocar em diálogo as pastorais sociais da Igreja, os movimentos sociais e as instãncias governamentais.

A Primeira Semana Social aconteceu em 1991, com o tema do trabalho. A segunda foi em 1992 e tratou de política. Já a terceira, em 2000, abordou assuntos de economia. E em 2004 aconteceu a última, com o tema “Mutirão por um novo Brasil”.

O trabalho escravo no Brasil

O Bispo de Balsas (MA), Dom Enemésio Ângelo Lazzaris, falou sobre a situação do trabalho escravo no país. Durante a coletiva, Dom Enemésio, que é vice-presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), apresentou o trabalho da CPT e a preocupação da Igreja com a temática.

“O trabalho escravo é causado pela ganância, desejo incontrolável de dinheiro a qualquer custo. Desejo de poder, de concentração de terras”, afirmou o Bispo de Balsas ao esclarecer as principais motivações para a existência desta forma de trabalho.

O bispo recordou ainda que, no dia 28 de janeiro de 2009, o Governo federal criou o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. De acordo com Dom Enemésio, a CPT está pressionando os parlamentares para que seja aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 438, criada em 2001, que visa confiscar as terras onde forem encontradas condições análogas de escravidão.

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