Igreja, datada do século 19, receberá entronização da imagem de Nossa Senhora das Dores
Da redação, com Arquidiocese de Juiz de Fora
Neste domingo, 2, quinto do Tempo Quaresmal, a antiga Matriz Nossa Senhora das Dores, localizada no Distrito de Nova Dores do Paraibuna, em Santos Dumont (MG), vai sediar uma Missa após 22 anos. O templo, hoje em ruínas, datado da segunda metade do século 19, deve receber cerca de mil pessoas para a celebração marcada para as 15h.
Os fiéis chegarão em procissão de barco pela Represa de Chapéu D’Uvas, em cavalgada que deve reunir 300 pessoas e em carreata que sairá da atual Matriz, marcada para as 14h15.
Durante a Missa, que será presidida pelo arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, e concelebrada por diversos padres, será entronizada no local uma imagem de Nossa Senhora das Dores, que ali ficará para veneração dos visitantes e pescadores que frequentam a região.
A realização da Santa Missa, segundo o administrador paroquial, Padre Fransérgio Garcia da Silva, teve como motivação o tema da Campanha da Fraternidade deste ano – “Biomas brasileiros e defesa da vida” – e a celebração do Ano Mariano no Brasil.
“A proximidade com a natureza e o fato de a igreja ser dedicada a uma devoção mariana foram nossas inspirações, mas também a saudade que as pessoas que cresceram e se formaram em torno daquela comunidade sentem da antiga Matriz. Queremos, com a missa, destacar o sentido de comunidade de fé”, afirma.
A Matriz em ruínas está cercada pelas águas da Represa de Chapéu D’Uvas, formada pelas águas do Rio Paraibuna, e o acesso ao local só será possível por conta do forte período de estiagem. O estado precário de conservação esconde a importância do templo, em torno do qual surgiu comunidade religiosa e, logo depois, o distrito de Dores do Paraibuna. O povoado foi transferido de lugar devido à inundação da represa, uma das responsáveis pelo abastecimento hídrico de Juiz de Fora, na década de 1990.