52ª Assembleia Geral

Em Aparecida, Missa recorda bispos falecidos

Bispos celebraram a memória de todos os irmãos no episcopado falecidos desde a última assembleia da CNBB

Luana Oliveira
Da redação

Em Aparecida, Missa recorda bispos falecidos

Celebração desta segunda-feira foi presidida por Dom Francesco Biasin / Foto: CNBB

Nesta segunda-feira, 5, os bispos reunidos na 52ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP), iniciaram o sexto dia de atividades com a Santa Missa presidida Dom Francesco Biasin, Bispo de Barra do Piraí – Volta Redonda (RJ). A Celebração foi em memória a todos os bispos falecidos desde a última assembleia, em 2013.

Dom Biasin recordou, de forma especial, o bispo emérito de sua diocese, Dom Waldyr Calheiros, e o bispo emérito de Goiás (GO), Dom Tomás Balduíno, falecido na última sexta-feira, 2, e que será sepultado hoje na Catedral de Sant’ana, na Cidade de Goiás.

Na homilia, Dom Francesco fez sua reflexão sobre o Tempo Pascal e a parusia experienciada por Estevão, como cita a primeira leitura. O bispo falou da perseguição que o diácono Estevão sofreu e como, diante destes adversários, se manteve firme pois a sabedoria do Ressuscitado lhe sustentava.

“No livro dos Atos dos Apóstolos, o diácono Estevão, em meio a perseguição, tinha seu rosto como o rosto de um anjo, pois era repleto de graça e de poder. Seus adversários e perseguidores não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito que Estevão falava, pois ele era repleto pela parusia”, destacou.

Dom Francesco lembrou da alegria do Tempo Pascal que a Igreja está vivendo e que leva a comunidade a experimentar o Céu. “Podemos até dizer que este tempo nos leva à experiência de gozarmos das realidades que os olhos ainda não viram, os ouvidos não ouviram e o coração humano ainda não alcançou, descritas por São Paulo na Carta aos Coríntios, referindo-se a vida bem-aventurada.”

Durante a reflexão, o bispo recordou o Evangelho de São João sobre a multiplicação dos pães que leva à dupla visão deste sinal. “A visão do povo e a visão de Jesus: “o desejo do povo era fazer Dele Rei, na esperança de que todos os seus problemas fossem resolvidos de forma eficiente e rápida.”

Sobre a visão de Jesus, que não se deixou levar pela visão cômoda e utilitarista daquele povo, Dom Biasin explicou que “Jesus esperava ser reconhecido como Filho do Homem portador de um alimento especial para a humanidade; penhor da vida divina. Jesus é o Pão que se dá a nós plenamente”.

Os cristãos são chamados a ser discípulos de Jesus e a afastar de si tudo o que gera a morte, recordou o bispo, que ressaltou: “façamos parte deste dinamismo de Jesus que tem como fonte o Pai”.

A intenção de Jesus não era saciar apenas a fome física, mas sim a fome da alma. “Fazendo esta experiência, o discípulo estará apto para fazer a experiência do partir do pão com aqueles que são os mais necessitados. O milagre, portanto, depende da postura interna de cada um de nós, que sendo discípulos, entramos nesta nova visão: a de Jesus”.

No fim de sua homilia, Dom Francesco mencionou o Papa Francisco, que no último dia 4 de novembro, na homilia da Celebração Eucarística para bispos e cardeais falecidos, disse, lembrando o versículo do livro da Sabedoria: “As almas dos justos estão nas mãos de Deus”.

E disse ainda: “a mão é sinal de acolhimento e proteção, sinal de uma relação pessoal de respeito e de fidelidade. Estes pastores dedicaram a sua vida ao serviço de Deus e dos irmãos, não serão portanto, corroídos pela morte”.

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