SALÁRIO EXTRA

Consultor financeiro dá dicas de como utilizar o 13º salário

Uma das dicas é utilizar o 13º salário para quitação de dívidas com alta taxa de juros 

Monique Coutinho
Da Redação

Todos os anos, trabalhadores de todo Brasil com carteira assinada aguardam o 13º salário, como o próprio nome sugere, uma renda extra. Aposentados e pensionistas do INSS também recebem a gratificação. 

A forma de pagamento é sempre dividida em duas parcelas. A Lei 4.749, de 12/08/1965, determina que a primeira seja paga entre o dia 1º de fevereiro até o dia 30 de novembro e a segunda parcela deve ser paga até o dia 20 de dezembro, tendo como base de cálculo o salário de dezembro menos o valor adiantado na primeira parcela.

Quitação de dívidas

O benefício chega em plena época de Natal, quando os gastos tendem a aumentar em virtude das festas de fim de ano. Mas antes de sair gastando, vale a pena prestar atenção na forma como o dinheiro é aplicado. De acordo com o consultor financeiro André Prado, é viável poupar o 13º devido à série de impostos que se paga no início do ano. Porém, diante do cenário financeiro atual do país, a quitação de dívidas deve prevalecer.

“Não entrar em dívidas para evitar ficar no vermelho por muito tempo faz com que a pessoa consiga ter o 13º salário livre para investimentos ou lazer (…) A pessoa tem que utilizar bem esse dinheiro. Se ela tem dívidas com juros muito altos, como rotativo de cartão de crédito, cheque especial, compensa. Agora se são dívidas que podem ser parceladas, muitas vezes até sem juros, ela pode pagar a parcela e deixar o restante para os próximos meses”, afirma André.

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Se planejar financeiramente não é tarefa fácil, ainda mais com a proximidade das festas de final de ano. André diz que a recomendação é reservar o dinheiro extra para possíveis aplicações, mas lembra que muitas pessoas têm o costume de gastar com compras de Natal.

“A questão é saber qual parcela do 13º vai ser utilizada para circular na mercadoria, visto que existem pessoas que têm a tendência de ao menos tentar reservar esse dinheiro, mas outras tendem a gastar com compras de Natal e festa de final de ano”, acrescenta.

Poupança

Para aqueles que desejam guardar dinheiro ao longo do ano e não querem passar aperto nas festas de dezembro, o economista Norio Ishisaki indica diminuir os gastos cotidianos, por exemplo, reduzindo o consumo de energia e água. “Esta ação de reduzir os gastos do dia a dia faz com que sobre algum dinheiro para que seja aplicado em alguma coisa, em algum investimento financeiro”, diz.

Além de diminuir os gastos cotidianos, é recomendável abrir um conta poupança e, mesmo que seja R$ 20 mensais, sem interrupção, depositar tal valor para obter recursos futuros.

“O ideal é fazer a poupança todos os meses, sem interrupção, mesmo que seja valor baixo. Porque hoje você tem a facilidade de abrir poupança transferindo da conta-corrente para a conta poupança, diretamente do caixa eletrônico, então qualquer valor que você transfere para a poupança já faz com que, a médio e longo prazo, você tenha algum recurso que possa ser utilizado em algum investimento ou algo que você queira comprar”, indica o economista.

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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o número de desempregados no segundo trimestre deste ano subiu para 11,3%, o equivalente a 11,6 milhões de pessoas. Com o elevado número de desemprego no país, o economista alerta para que, em 2017, as pessoas tentem manter o emprego estável, pois o próximo ano ainda será difícil para a economia.

“A geração de novos empregos só deverá surgir no final, no meio ou final do ano que vem. Então os empregados devem ter cautela para não gastar e não consumir aquilo que não é necessário, e tentar poupar ao máximo, não só em dinheiro, mas no consumo em excesso, ou seja, poupar o excesso”, conclui Nório.

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